A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a revisão das aposentadorias do INSS vai ficar para o ano que vem. Mas dá pra fazer as contas e ver se vale a pena pedir a revisão.
Eduardo Thompson começou a trabalhar em 1982 e só parou em 2018. Na hora de se aposentar, a base de calculo para chegar ao valor do beneficio contou apenas com as contribuições feitas depois de julho 1994. Atualmente, ele recebe cerca de um terço do antigo salário.
“Não é justo isso, né? tinha 12 anos de trabalho e eu receber isso que eu tenho. O cara que nunca trabalhou em lugar nenhum recebe um salário mínimo. Eu estou recebendo dois”, criticou o aposentado.
Para conseguir incluir as contribuições feitas ao INSS antes de 1994, antes do início do Plano Real, Eduardo depende de uma decisão do STF. Em junho, cinco ministros decidiram a favor do INSS e outros cinco, dos aposentados.
O ministro Alexandre de Moraes pediu vistas (mais tempo para analisar o tema) e a expectativa é que a decisão saia em 2022. Até lá, as ações na Justiça ficam paradas. Mas especialistas orientam: para saber se vale a pena correr atrás e tentar obter a chamada “revisão da vida toda”, é preciso antes fazer conta.
“Vai valer a pena se o salário do segurado, os salários anteriores a 1994, foram maiores do que os de 94 em diante”, alertou a advogada previdenciária Denise Cury.
Ou seja: só vale a pena pedir a revisão, caso hoje a pessoa receba muito menos do que antes de 1994.
