A região central de São Paulo passa por um intenso projeto de revitalização, mas um dos maiores desafios da prefeitura é trazer novos moradores para o local. A Praça da Sé, marco zero da maior cidade do Brasil nunca recebeu tão poucos turistas como atualmente.
A falta de segurança, agravada pela cracolândia afasta visitantes e possíveis moradores da região da Luz, que tem diversas atrações. A degradação do centro de São Paulo começou na década de 1940, com o fim dos bondes e a chegada do ônibus, que transformaram praças em terminais.
Depois, a expansão imobiliária sem planejamento, com moradores deixando o centro em busca de tranquilidade. Mas por qual razão o centro não tem vida como em cidades como Londres, Paris e Buenos Aires?
“Aqui tem muito pouca moradia. a habitação aqui nunca se instalou porque o terrenos foi valorizado pelo uso corporativo e um comércio muito intenso. então não tem gente morando por aqui. essa é a região do centro mais decadente dos vários trechos justamente pela ausência de moradia”, explica Fábio Mariz.
Na praça da República é diferente. Mesmo com problemas, a região é cheia de vida e muito frequentada. “Há uma diversidade de público residencial, uma certa densidade que não só garante historicamente a qualidade, mas também vem contribuindo para que essa seja a região de São Paulo que primeiro se recupera”, explica.
Adriana Levisky, arquiteta e urbanista, está otimista com o plano da prefeitura de habitar o centro mais uma vez. A prefeitura lançou isenção de taxas e impostos por cinco anos para quem quiser reformar prédios no centro. “Eu vejo que é um modelo muito promissor para a gente enxergar como oportunidade, como afeto, com identidade do espaço”, afirma.