São Paulo 471 anos: músicos dão tom mais alegre para a maior metrópole do país

O violinista Felipe Guimarães, de 29 anos, foi influenciado pela família e se jogou nesse mundo da música, fazendo a poluição sonora das ruas dar espaço para a arte

Da redação

O silêncio nas ruas, numa cidade como São Paulo, é raro. Temos uma sinfonia de carros e gente falando quase que 24 horas por dia. Diante dessa bagunça sonora, existem aqueles que salvam os nossos ouvidos. São os músicos que levam arte para as ruas da maior cidade do país, hoje completando 471 anos.

“Eu faço um trabalho de resgate musical de um repertório de viola pré-caipira, ou seja, anterior ao repertório caipira de viola, que é um repertório do século XVII e XIX”, disse o músico Junior da Violla em entrevista ao Jornal da Band.

Dos 25 anos que o Junior estuda música, uma década é dedicada às apresentações nas ruas. Para ele, o local é um local livre, sem preconceito com o que é tocado.

“Acredito que a rua seja um palco livre, que não tem preconceito com o que você toca e com o que você faz. Você pode levar seu trabalho para as pessoas. Quem nunca viu seu trabalho passar a conhecer o que você faz”, continuou Junior.

O violinista Felipe Guimarães, de 29 anos, foi influenciado pela família e se jogou nesse mundo da música. Começou aos 8 anos e não parou mais.

Meu pai era trompetista e regente da igreja. Então, desde pequeno, tenho essa influência. Meus irmãos são violinistas também (violinista Felipe Guimarães)

A rua é o primeiro palco para esses artistas. A cantora Polli, por exemplo, deixou a pequena Campo Verde, no Mato Grosso, e chegou à gigante São Paulo, 7 anos atrás, com R$ 40 no bolso e uma vontade enorme de mudar de vida. Quando criança, ficou impressionada com a cidade, durante visita com a família.

“Eu me sentia tão pequenininha no meio daquilo tudo. Eu achei tão lindo isso. É gostoso saber que, em algum ponto desse cenário de toda a grandeza de São Paulo, cantando, eu não me sinto mais pequena assim”, descreveu a artista.

No metrô, sempre tem alguém que interage com os passageiros. Por outro lado, as apresentações musicais são proibidas dentro dos vagões, mas o Máximo MXM faz as apresentações de qualquer jeito.

“Em São Paulo, qualquer rua é palco, qualquer ônibus é palco, qualquer metrô é palco. E foi essa vontade de fazer música sempre que me trouxe para cá”, concluiu Polli.

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