O ano começou mais difícil para a zeladora Gisele Vogardo. Com as contas acumuladas, o socorro veio daquele dinheirinho que estava guardado.
“Precisei do dinheiro da Caixa”, explica ela. “Lá que me ajudou para eu pagar o meu aluguel. Aí não apertou tanto, porque eu tinha esse dinheiro. Senão ia ser bem ruim.”
Tradicionalmente os primeiros três meses do ano são os mais apertados para o brasileiro devido aos impostos, como IPVA E IPTU, e os gastos com material escolar.
Mas em 2021, a crise financeira provocada pela pandemia de Covid-19 agravou a situação. Tanto que o volume de saques da caderneta de poupança bateu recorde histórico. As informações são de Rodrigo Leite, do Jornal da Band.
Segundo dados do Banco Central, o primeiro trimestre registrou R$ 27,5 bilhões em retiradas da poupança, mais de R$ 3 bilhões a mais do que o registrado em 2016, até então o ano com maior volume de saques.
O economista Hamilton Dalledone explica que a subida dos preços também contribuiu para isso, e que o momento agora é de colocar o pé no freio.
“Tem que economizar mesmo. Na luz, na água, na alimentação”, disse.