Suspensão das atividades da Voepass afeta mais de 1,9 mil passageiros

Atualmente com seis aviões, a Voepass cobria 16 destinos com voos comerciais

Sandro Barboza

Suspensão das atividades da Voepass afeta mais de 1,9 mil passageiros
Avião da Voepass
Divulgação/Instagram (@voepassoficial)

A Agência Nacional de Aviação Civil cancelou as operações da Voepass por falta de segurança nesta terça-feira (11). Com seis aviões, a Voepass cobria 16 destinos com voos comerciais e a ação afetou mais de 1,9 mil passageiros. 

A Latam, que tem parceria com a cia, informou que está atendendo os clientes com reacomodação para outras aeronaves ou reembolso integral das passagens. Apenas nesta terça-feira, 34 voos foram cancelados. 

“A LATAM Airlines Brasil tomou conhecimento da suspensão cautelar da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para as operações aéreas da Voepass a partir de 11 de março de 2025. Os clientes com passagens do codeshare da LATAM com a Voepass que tenham tido voos cancelados por essa medida poderão adotar as seguintes mudanças de suas reservas diretamente na seção Minhas Viagens de latam.com:

Alteração do voo sem multa e diferença tarifária, sujeito a disponibilidade da mesma cabine e dentro da validade da passagem aérea e reembolso integral sem multa”, diz a nota.

“A Agência acompanha as operações de perto durante alguns meses e mesmo assim verificou que tinham riscos. Com isso, ela tem a prerrogativa de interrupção das atividades. Se você observar, a própria agência coloca condição de que, se a empresa, em breve, demonstrar que pode retornar as operações com segurança, ela tem isso em aberto ainda”, disse o especialista Jeferson Fragoso. 

Em agosto de 2024, um avião da Voepass, que saiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo, caiu em Vinhedo, no interior paulista. O acidente deixou 62 mortos. 

Um relatório preliminar do Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, apontou que a tripulação havia relatado uma falha no sistema antigelo, mas não confirmou que isso provocou a queda. 

Menos de uma semana depois da tragédia, um avião da companhia teve uma pane elétrica e fez um pouso de emergência no interior de Minas Gerais. Denúncias de problemas de manutenção na frota da companhia começaram a surgir. 

Em fevereiro, a Voepass, que já foi a quarta maior companhia do país, comunicou problemas financeiros e entrou com pedido de recuperação judicial. Após a suspensão, a companhia. 

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