O começo do governo de Donald Trump gera alerta dentro e fora dos Estados Unidos. O presidente ameaçou elevar as sanções caso Vladimir Putin não aceite negociar o fim da guerra contra a Ucrânia. Além disso, o presidente tem acelerado o anúncio de medidas contra a imigração e também focadas na taxação de produtos estrangeiros.
Dois dias e um vendaval de ações para imprimir uma nova marca. Funcionários de programas federais que tratam de diversidade demitidos. E também novas medidas para colocar em prática o mais rápido possível o plano de deportação em massa. Por determinação do presidente, escolas e até igrejas, podem ser alvos de operações.
O novo governo também cancelou a entrada de refugiados que já tinham sido autorizados a entrar nos Estados Unidos. Mais de 10 mil pessoas estavam com as malas prontas para mudança, como a venezuelana Nidia e diz que esperou quatro meses e agora ficou no limbo.
Para quem tentar resistir a seguir as novas políticas de imigração, investigação e processo. As ordens são do Departamento de Justiça. O presidente já encontra resistência. Nesta terça (21), em uma missa, a bispa Mariann Edgar Budde, pediu que o presidente tenha misericórdia de imigrantes e mebros da comunidade LGBT+.
A fala irritou Donald Trump. Ele disse que a fala teve um tom sórdido e exigiu um pedido de desculpas públicas.
O republicano promete fazer uma política externa agressiva e mais protecionista nos próximos quatro anos. A primeira medida deve ser o ‘tarifaço’ que afeta países, até ontem, considerados em desenvolvimento. México e Canadá serão os primeiros a receber a sobretaxa dos seus produtos a partir de fevereiro. A China também entrou pra lista, com 10% de tarifas.
Sobrou para a Rússia também. O presidente ameaçou elevar as sanções caso Vladimir Putin não aceite negociar o fim da guerra contra a Ucrânia.
Em Davos, no Fórum Econômico Mundial, só se fala no impacto Trump. O presidente do Panamá foi questionado sobre a promessa de Trump de retomar o controle do Canal do Panamá. José Raul Mulino fechou a cara e respondeu: “fala sério, fala sério”.
A Europa também discute como vai lidar com Donald Trump no poder, principalmente a ameaça de impor tarifas a produtos europeus nos Estados Unidos. O novo governo americano tira o sono até de países aliados.
O presidente francês Emmanuel Macron disse, nesta quarta-feira (22), que os europeus, mais do que nunca, devem proteger sua soberania diante do retorno de Trump. Ao lado dele, em Paris, o chanceler alemão também foi na mesma linha: Trump será um desafio e que a Europa deve ser forte e resiliente.