Fila do SUS para cirurgias eletivas é de 1 milhão de pacientes

Dados do Ministério da Saúde apontam que as maiores filas estão nos estados: Goiás (125 mil), São Paulo (111 mil) e Rio Grande do Sul (108 mil)

Por Olívia Freitas

Cerca de 1,1 milhão de pessoas aguardam por cirurgias eletivas, aqueles procedimentos que podem ser agendados, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O número alto foi intensificado com a pandemia da Covid-19 e é um problema de saúde pública. 

Marcos de Jesus Santos aguarda por uma cirurgia no abdômen há três anos. Enquanto isso, tem uma vida de restrições. “Faço sempre os exames que eles mandam fazer. chegando no hospital uma hora é médico, uma hora é falta de aparelho. tô esperando uma explicação deles”, declarou. 

As maiores filas estão nos estados: Goiás (125 mil), São Paulo (111 mil) e Rio Grande do Sul (108). Já os procedimentos com maior tempo de espera são: cirurgias de catarata, retirada de vesícula e hérnias. 

Veja lista: 

  •  catarata
  • retirada de vesícula
  • hérnia abdominal
  • vesícula por videolaparoscopia
  • hérnia umbilical
  • laqueadura
  • remoção de útero 
  • vasectomia
  • prostatectómica
  • cirurgia de varizes

O levantamento inédito foi feito pelos estados para se adequarem ao Programa Nacional de Redução de Filas do governo federal. O orçamento de R$ 600 milhões prevê a realização de 45% dos procedimentos, o que deve acontecer ainda neste ano. Do total, 595 mil pessoas continuarão na fila. 

“É uma medida paliativa, uma medida que vai tentar desafogar, mas não resolve o problema do sistema. Se não houver uma reestruturação do sistema de saúde , com adequado financiamento e a adequada solução pros problemas de recursos humanos principalmente, nós vamos ficar fazendo mutirão atrás de mutirão”, diz o médico Walter Cintra.

Segundo ele, é preciso que haja uma organização do sistema de saúde considerando o financiamento, distribuição dos equipamentos de saúde e, principalmente, “a formação e alocação de recursos humanos”.

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