A União Europeia deve anunciar nos próximos dias um embargo às importações de petróleo da Rússia após a decisão do Kremlin de cortar o fornecimento de gás para Polônia e Bulgária.
Nesta segunda-feira (2), representantes da União Europeia se reuniram em Bruxelas e deixaram alinhado um boicote ao petróleo russo, pelo menos até o final do ano.
A oficialização do veto deve sair ainda nesta semana, mas não conta com apoio de todos os governos, como o da Hungria. Enquanto isso, países europeus fazem o possível para depender cada vez menos da energia russa.
Um relatório do governo alemão mostrou que nas últimas semanas a importação de petróleo caiu de 35% para 12%. Enquanto a dependência do carvão despencou de 50% para 8%.
A Alemanha diz ter costurado acordos com outros países para manter os suprimentos, mas, admitiu que necessita dos gasodutos russos. Por isso, o governo projeta apenas para 2024 eliminar a importação de gás natural de Moscou.
A França é o país do continente que menos depende do gás russo. O principal fornecedor é a Noruega e o produto é adquirido em sua forma líquida.
As consequências de um embargo também são ruins para a Rússia, uma vez que privaria o país de um grande fluxo de receita. Moscou precisaria de novos consumidores, como a China. O que não se dará de forma imediata, já que não há uma extensa malha de gasodutos conectando os dois países.