
A União Europeia reagiu à taxação das importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos. Produtos americanos vão pagar mais para entrar no bloco. Mas há espaço para negociação.
Se é guerra comercial que os Estados Unidos querem, a União Europeia diz estar pronta para briga.
O bloco anunciou uma dura resposta contra a taxação de 25% - imposta por Donald Trump - sobre o aço e alumínio importados pelos americanos.
Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von Der Leyen, serão taxados mais de uma centena de produtos, fabricados nos Estados Unidos, que entram no mercado europeu.
Entre eles estão motocicletas esportivas, barcos, uísques, roupas, vasos sanitários, e até chicletes. A montanha de produtos é avaliada em 26 bilhões de euros, o equivalente a quase R$ 165 bilhões.
Tributos sobre outros itens, como carne bovina, frutos do mar, laticínios e vegetais dependerão da aprovação dos países-membros do bloco.
O tarifaço europeu aos bens americanos estará em vigor daqui a 30 dias. O bloco ainda não descartou outras ações, como sobretaxar serviços digitais, mas disse estar aberto ao diálogo para resolver a disputa.
Principal fornecedor de aço para indústria americana, o Canadá também vai introduzir tarifas adicionais contra produtos dos Estados Unidos. O ministro das finanças canadense chamou a decisão da Casa Branca de injustificada e irracional.
Já a China acusa o governo Trump de violar as regras da Organização Mundial do Comércio e, sem dar detalhes, disse que tomará as medidas necessárias para proteger sua indústria.