Quase todas as cidades do Amazonas estão em situação de emergência. O nível do Rio Negro continua caindo, o que reflete o retrato da maior seca da história no estado.
Para fazer a travessia até a capital, moradores da Zona Rural caminham na lama por cerca de uma hora até chegarem ao rio, onde pegam um bote.
“Nós saímos de lá 5h da manhã, mas chegamos às 6h aí na boca. A gente liga para o pessoal vir buscar a gente lá na beira”, lamentou a pescadora Cosma Rodrigues Nascimento.
Já o nível do Rio Solimões voltou a subir, mas ainda é muito baixo. A expectativa do Serviço Geológico é que o Rio Negro comece a subir depois do Solimões, porém a recuperação deve ser lenta por causa da forte estiagem. A descida ainda pode ocorrer até o fim de outubro, dependendo do volume de chuvas que vier em novembro.
“Tem o tempo de resposta da própria bacia, como que vai se distribuir essas águas. Por isso que a gente acredita que, até o final do mês de outubro, continue em período de descidas”, explicou Jussara Cury, pesquisadora do Serviço Geológico.
Um barco que sai de Manaus com destino a Tefé, no médio Solimões, deixa os passageiros a cerca de 2 horas do município porque o lago secou completamente.