Com a pandemia da Covid-19, o brasileiro consumiu 2,7 bilhões de porções de macarrão instantâneo em 2020, uma alta de 11% em relação a 2019, segundo a Associação Mundial de Macarrão Instantâneo. Esse número está acima da média global, que foi de 9,6%.
Foram 189 mil toneladas vendidas, o que ajudou a impulsionar todo o setor de massas alimentícias, com R$3,1 bilhões em vendas. O resultado também supera o de 2019, quando o ganho foi de R$2,6 bilhões e 168 mil toneladas comercializadas, de acordo com levantamento da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados).
Dois fatores explicam esse aumento nas vendas: mais pessoas cozinhando em casa por causa da quarentena e, principalmente, o preço baixo do produto. O macarrão instantâneo passou a ser opção para muita gente que teve a renda reduzida, ao mesmo tempo em que outros alimentos ficaram bem mais caros.
A zeladora Sonia Mara Pereira conta que essa é uma opção para alimentar os três filhos que ficam em casa o dia todo enquanto ela está fora, por ser mais fácil de fazer.
O problema é que o consumo frequente desse tipo de alimento, considerado ultraprocessado e com altos níveis de sódio, traz riscos à saúde.
Uma opção mais saudável, segundo a nutricionista Patrícia Ignácio, seria fazer o macarrão normal, que tem praticamente o mesmo tempo de cozimento.