Jornal da Band

Vítima de deslizamento na BR-376 é identificada no Paraná

Caminhoneiro João Pires dirigia o caminhão que ficou pendurado em ribanceira

Da Redação, com Jornal da Band

A procura por vítimas da tragédia na BR 376, entre Curitiba e Santa Catarina, completou dois dias nesta quarta-feira (30). O Corpo de Bombeiros usou uma câmera térmica para localizar possíveis sobreviventes debaixo da lama. Mas nenhum sinal de vida foi encontrado. A estimativa é de que haja até 30 pessoas desaparecidas. 

Toda a área foi isolada por medida de segurança, pois existe risco de novos deslizamentos. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, seis carretas foram atingidas. Duas já foram retiradas do local. O corpo da primeira vítima do desastre já foi identificado. É do caminhoneiro João Pires. Ele dirigia o caminhão que ficou pendurado na ribanceira. 

Outros três carros já foram retirados da lama. Mas ainda não é possível dizer com certeza o número de vítimas e nem quantos veículos estão debaixo da lama. 

A estrada que liga o Paraná a Santa Catarina permanece interditada sem previsão de liberação. 

Nesta quarta-feira (30), a BR 277, que liga a capital paranaense ao litoral, teve o tráfego liberado em meia pista. Isso representa um alívio para o transporte de cargas. No Porto de Paranaguá, dos 200 caminhões previstos para descarregar nesta quarta, apenas 11 tiveram acesso ao terminal.

BR-376

Não há previsão de liberar a br-376, em Guaratuba (PR). A rota alternativa, pelas BRs 470 e 116 leva até sete horas a mais. 

A BR-277, de acesso ao Porto de Paranaguá e Litoral do Estado, foi liberada. E a BR-116 tem interdições parciais tanto para São Paulo quanto para Curitiba. Apesar disso, trânsito liberado.

Outros Estados

Em vários Estados, temporais causam transtornos e muitos prejuízos. 

A noite foi de desespero para moradores da cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. A água da chuva fez subir o nível do Rio Subaé e inundar as casas.

Em Castro Alves (BA), o Rio Paraguaçu transbordou e uma cachoeira se formou no meio da cidade.

Em Juazeiro (BA), em novembro, choveu mais que o dobro do esperado para o mês.

O temporal é causado por dois fenômenos climáticos: uma frente fria e um sistema de baixa pressão. Segundo os meteorologistas, a chuva do final de novembro e início de dezembro está mais forte do que o normal.

Em Sergipe, uma cratera se abriu na SE 290, entre as cidades de Itabaianinha e Tobias Barreto. Uma pessoa, que estava em um caminhão que foi engolido pelo buraco, morreu. Outros veículos foram arrastados pela correnteza depois de o asfalto ceder. Os bombeiros procuram por outras possíveis vítimas.

No Piauí, os tetos de um posto de gasolina e de um ginásio de esportes desabaram por causa dos temporais na cidade de Barras.

No Espírito Santo, o fornecimento de água chegou a ser suspenso em toda a cidade de Linhares.

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