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Vulcão nas Canárias: após duas semanas de erupção, novas fendas ameaçam vilarejos

Atividade vulcânica está muito mais potente agora do que no primeiro dia de erupções

Da Redação, com Jornal da Band

Autoridades das ilhas Canárias contam os prejuízos causados pela erupção de um vulcão, que completou duas semanas neste sábado (2).

Mais duas fendas se abriram no Cumbre Vieja. Agora são quatro aberturas que jorram lava montanha abaixo.

Entre sexta e sábado, oito tremores foram registrados na Ilha de La Palma, que faz parte do arquipélago espanhol no noroeste da África.

A atividade vulcânica está muito mais potente agora do que no primeiro dia de erupções, em 19 de setembro.

Nestas duas semanas mais de 1000 casas foram destruídas, 6 mil pessoas estão em abrigos improvisados e mais de 15% da plantação da banana, importante para a economia local, foi incinerada.

Várias cidades das Ilhas Canárias foram cobertas de cinza, e as máscaras tão usadas na pandemia da Covid-19 agora protegem a população da fumaça.

Há ainda outro perigo: o encontro da lava com a água do mar, que causa explosão e emissão de gases poluentes que irritam a pele, os olhos e as vias respiratórias.

A recomendação é ficar em casa e fechar portas e janelas. Um lockdown foi decretado nas regiões mais próximas da costa.

Em duas semanas o vulcão já expeliu cerca de 80 milhões de metros cúbicos de lava, mais que o dobro da última erupção, que ocorreu há 50 anos e durou 24 dias. Alguns especialistas estimam que o Cumbre Vieja pode ficar ativo mais dois meses

O governo espanhol classificou a região como zona de desastre e aprovou um pacote de ajuda que inclui a liberação do equivalente a R$ 65 milhões para compra e construção de novas casas. 

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