Um paciente australiano sobreviveu mais de 100 dias com um coração feito de titânio até encontrar um doador compatível. O paciente de 40 anos, que não teve a identidade revelada, sofria de insuficiência cardíaca grave. Ele recebeu o coração totalmente artificial no final de novembro. A cirurgia durou seis horas num hospital em Sydney, na Austrália.
No início de fevereiro, ele fez história ao receber alta médica ainda com o coração artificial no peito. O aparelho o manteve vivo até o início deste mês, quando ele finalmente encontrou um doador compatível.
No total, foram 104 dias vivendo com o dispositivo. É o período mais longo já registrado na história. O hospital afirmou que o paciente está se recuperando bem.
Desenvolvido pela empresa Bivacor, o dispositivo feito de titânio substitui os ventrículos de um coração em falência. A tecnologia foi idealizada pelo biomédico Daniel Timms, que perdeu o pai por uma doença cardíaca. Agora, ele comemora os resultados positivos desse implante inédito.
O australiano foi a sexta pessoa no mundo a receber um coração totalmente artificial. O primeiro implante aconteceu em julho de 2024, num hospital no Texas, quando um homem de 58 anos passou oito dias com o dispositivo até receber um transplante.
A tecnologia ainda está em fase de testes, mas já foi aplicada com sucesso em um estudo inicial da FDA, agência dos Estados Unidos equivalente à Anvisa Brasileira. Para médicos e cientistas, o procedimento marca uma nova era no transplante cardíaco.