O mercado reagiu mal à divulgação do pacote do governo e continua insatisfeito, mas alguns de seus representantes têm conversado com emissários do governo, que espera e pode estar conseguindo mais compreensão por lá.
Cuidar da aprovação das matérias específicas do corte de gastos para sua aprovação no Congresso este ano e deixar para depois a discussão dos impostos - mistura que provocou as maiores reações - vem ajudando nessas conversas. A compreensão no mercado facilita, claro, a aprovação no Congresso, onde as negociações encontram dificuldades, mas não estão paradas.
As restrições do Supremo às emendas parlamentares explicam essas dificuldades. Resolver, no entanto, essa votação nas três semanas que restam é a perspectiva. E segue-se uma questão específica da matéria. Que o pacote está no caminho certo, ninguém nega. Que ele é insuficiente, difícil alguém negar. A redução de 70 bi em dois anos e 327 em cinco vai precisar de reforço, de novas medidas. Como o ministro Haddad já sinalizou.