Mitre: o que é crime, fora da internet, não pode deixar de ser, se estiver dentro

Fernando Mitre analisa a preocupação das autoridades brasileiras com as fake news e o mau uso da inteligência artificial em ano eleitoral

Por Fernando Mitre

O desafio é enorme e pode ser difícil saber de onde vem a maior ameaça, mas o potencial de perigo do mau uso da inteligência artificial, num ano eleitoral, já está aí de corpo inteiro. Preocupação crescente.

Aí estão algumas ações contra as fake news e o estrago que podem fazer. O Supremo acaba de assinar um compromisso antifake news com as big techs. Vamos ver. O TSE já lançou seu centro integrado.

Na Câmara, recomeçam os trabalhos para um projeto que defina as regras para as redes sociais. Aqui entra um ponto fundamental, que havia empacado as discussões e parado o projeto anterior, quando virou uma polêmica paralisante. Trata-se, e isso é essencial, da necessidade de responsabilizar as big techs pelo que divulgam. E isso não tem nada a ver com censura.

Não há como discordar da ideia simples de que o que é crime, fora da internet, não pode deixar de ser, se estiver lá dentro, ainda mais se considerarmos aquele potencial de ações criminosas, podendo, entre outras coisas, falsear rosto e voz de uma pessoa, no mau uso e abuso da inteligência artificial.

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