
Uma nova bateria de exames nesta terça-feira (18), incluindo uma ressonância, aumentou a apreensão sobre a saúde do Papa. Segundo os médicos, Francisco está com uma pneumonia bilateral.
A doença, considerada mais grave do que a pneumonia comum, afeta os dois pulmões ao mesmo tempo. Isso não significa que os dois sejam atingidos proporcionalmente, mas a doença compromete a capacidade respiratória do paciente, o que pode impactar na distribuição de oxigênio para o organismo.
No caso do Papa, há um agravante: aos 21 anos, ele teve que extrair parte do pulmão direito, também por causa de uma grave pneumonia.
No boletim médico, o Vaticano reitera que o quadro clínico do Papa é complexo e afirma que o tratamento é feito à base de antibióticos com cortisona para tratar a dificuldade respiratória.
A doença pode ser mais grave em crianças de até dois anos de idade e pessoas acima dos 65 anos por causa do enfraquecimento do sistema imunológico e da presença de outras doenças crônicas.
Francisco, de 88 anos, foi internado na última sexta-feira por conta de uma bronquite. Na segunda-feira, a Santa Fé revelou a descoberta de uma infecção pulmonar polimicrobiana.
Ao contrário das outras idas ao hospital, dessa vez, a Santa Fé optou por não divulgar imagens do Papa, que continua sob uma rigorosa supervisão médica e sem previsão de alta.
Nesta terça-feira (18), o Vaticano cancelou todos os compromissos do pontífice, pelo menos, até o próximo domingo.
Mesmo assim, o Papa manteve parte do trabalho. Entre um tratamento e outro, aceitou a renúncia de um bispo canadense, de 75 anos, acusado de abusar sexualmente de uma criança nos anos 70.