Sistema com tornozeleiras eletrônicas visa proteger mulheres em SP

Em 2023, o número de feminicídios bateu recorde no estado de São Paulo

Por Maira Di Giaimo

Os agressores serão monitorados por meio da tornozeleira eletrônica na capital paulista. No centro de operações da polícia militar, os PMs conseguem acompanhar cada passo deles. 

Se ele invadir o espaço, toca um alarme na central e uma equipe é enviada imediatamente. A proteção às vítimas de violência doméstica foi reforçada no mês passado com o lançamento de um aplicativo que consegue monitorar não só a casa da vítima, mas a localização exata de onde ela estiver com o celular, com o sistema de GPS.

Desde setembro do ano passado, quando o projeto começou, 18 agressores de mulheres monitorados por tornozeleira eletrônica foram presos. Ou seja, 15% do total de 123 homens acompanhados pela tecnologia nesse período.

“Já pegamos indivíduos com armas de fogo, armas brancas e até indivíduo entrando a área de proteção. Isso é um indício muito forte que uma violência ia ser cometida, quiçá, até um próprio feminicídio”, disse o Coronel Carlos Henrique Lucena Folha, Chefe do Copom.

Em 2023, o número de feminicídios bateu recorde no estado de São Paulo. Foram 221 mulheres assassinadas, o maior número desde o início da série histórica, em 2018.

Por enquanto, o projeto piloto funciona só na capital, mas o governo já abriu um edital para compra de mais mil tornozeleiras. O objetivo é ampliar o programa para todo o estado.

“Ela se sente segura, sabendo que a gente está atrás nos bastidores, com total apoio. E sabendo que qualquer hora, qualquer momento, ela pode solicitar uma viatura para o apoio dela, caso necessário”, afirmou Cabo Kátia Silene.

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