O jornal L'Humanité fez um pedido pela libertação do líder palestino Marwan Barghouthi, preso há mais de 20 anos. Segundo a publicação francesa, ele pode ser a chave para a resolução do conflito entre Israel e o grupo Hamas, já que, mesmo preso, faz mediações entre o grupo e o partido Fatah, que está no poder na Palestina.
Considerado moderado devido aos apoios aos Acordos de Oslo e do mesmo partido de Mahmud Abbas, líder da Palestina, ele é favorável a um acordo com Israel. Enquanto Marwan segue preso, Israel segue bombardeando a Palestina, que não vê grandes caminhos para a paz na região.
Guerra na Faixa de Gaza completa 21 dias
A guerra em Gaza está completando 21 dias: um foguete acertou o último andar de um prédio em Tel-Aviv; outro perto, em Holon; um drone explodiu no balneário egípcio de Taba, no Sinai; ataques aéreos israelenses na Síria; e forças americanas atacadas por milícias sírias e iraquianas.
O número de reféns capturados pelo Hamas subiu para 224, com quatro libertados; e a constatação dos serviços de inteligência de Israel de que o centro de comando do terror está instalado num túnel abaixo do hospital Shifa, com 4 mil equipes médicas e 1.500 leitos.
Os ataques no prédio de Tel-Aviv e em Taba deixaram oito feridos. Os foguetes escaparam entre tantos outros interceptados, que é o que acontece quando disparados em barragem. Os jornais online israelenses desta sexta-feira estão dando maior importância ao comando central do Hamas abaixo do hospital, a partir de revelações feitas pelo porta-voz militar em Tel-Aviv:
"Há várias áreas usadas pelo Hamas para dirigir suas operações militares. Um túnel que chega ao hospital pode acessar o centro de comando e uma sala de controle usada pela força policial interna do grupo terrorista, localizada dentro do hospital e com grande número de funcionários das forças armadas".
São escudos humanos que impedem um ataque direto à central de comando, e de lá são direcionados os mísseis disparados contra cidades israelenses. Na rede de túneis também estão distribuídos os reféns.
A infantaria e tanques de Israel fizeram ontem mais um ensaio dentro de Gaza antes da invasão, ameaça renovada todo dia, seja por pressão para libertar reféns, seja para garantir aos israelenses que a retaliação contra o massacre do Hamas em 7 de outubro, vai além das feitas no passado.