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Kassab não vê em nome forte de centro entre os 6 presidenciáveis de manifesto: "Não acredito em candidatura de proveta"

Em entrevista à BandNews TV, o presidente do PSD analisou cenário eleitoral e revelou intenção de candidato próprio ao Planalto

Da Redação, com BandNews TV

Kassab avaliou nomes do centro no "Ponto a Ponto", da BandNews TV
Kassab avaliou nomes do centro no "Ponto a Ponto", da BandNews TV
Reprodução TV

Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab não acredita que um candidato ao Palácio do Planalto para 2022 que esteja no centro do espectro político possa surgir em meio aos seis nomes presidenciáveis que assinaram um manifesto pró-democracia, contra o autoritarismo e em defesa da Constituição, lançado no último dia 31 de março - dia que marcou o aniversário do golpe militar de 1964. 

Em declaração ao programa Ponto a Ponto, da BandNews TV, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer não vê indícios que as pré-candidaturas de Luiz Henrique Mandetta (DEM), Luciano Huck, Ciro Gomes (PDT), João Amoêdo (Novo) e os governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) possam emergir com força no tabuleiro político após o manifesto para confrontar o agora elegível ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro, que atualmente polarizam a disputa, de acordo com as pesquisas de intenção eleitoral. 

“Existe um espaço para ser trabalhado no centro, mas eu não acredito em candidatura de proveta, Mônica. Acredito na naturalidade da candidatura dos partidos. Depois de um processo de seleção natural, vai surgir algum candidato que ainda não surgiu no centro. Não vejo viabilidade em candidatura que estão colocadas há quatro, cinco anos e não decolaram, não vingaram. Falo de uma maneira muito respeitosa. Portanto, esse manifesto, acredito que seja suprapartidário. Se da parte de alguém existe uma intenção de procurar definir um candidato, acredito que todos os seis querem que sejam eles os escolhidos. Não será assim que vamos escolher. Não acredito que esse manifesto vá desaguar na candidatura de um dos seis”, analisou o político, em análise feita para a jornalista Mônica Bergamo e o cientista político Antônio Lavareda na noite desta quarta-feira (7).  Assista à íntegra da entrevista abaixo:

Kassab vê candidaturas mais consolidadas de Lula e Bolsonaro, mas aponta para as altas taxas de rejeição de ambos junto ao eleitorado, o que abre espaço para um nome de centro-direita ou centro esquerda. Ainda assim, ele explica que sua intuição aponta que esse candidato não surja entre os nomes que lideraram o manifesto. 

Sem apontar nomes neste momento, ele acredita que esse candidato teria de ter projeção nacional, com experiência em cargos políticos de relevância.  

No caso dos governadores tucanos, o pessedebista diz que tanto Leite quando Doria “não conversam com todo o Brasil”. Por isso, não haveria uma naturalidade nesse tipo de candidatura.  Kassab ainda apontou para a forte rejeição ao nome de Doria, mesmo elogiando suas ações durante a pandemia, como na fabricação da CoronaVac, por exemplo.

O ex-prefeito de São Paulo fez uma ressalva quanto a Ciro Gomes, outro nome presente no manifesto, mas ele pontua que a chegada de Lula na disputa dificulta sua empreitada como opção contra a direita ou a esquerda. 

“Tem o meu respeito, tem programa, tem propostas. Mas, com a candidatura de Lula, ele não terá muitas facilidades, porque o Ciro não é um candidato de centro. Ele é de esquerda, com boa aproximação com o centro”, pontuou. 

Com o crescimento do PSD nas últimas eleições municipais, Kassab projeta uma candidatura própria do partido para a disputa da presidência da república e em alguns dos principais Estados, como São Paulo, onde atualmente ele apoia a base tucana e foi até cotado para compor uma chapa com Rodrigo Garcia, onde ele seria vice-governador

“Em São Paulo, a ideia é começar a definir em janeiro o quadro estadual, mas vamos nos esforçar bastante para ter uma candidatura própria. É o momento de o PSD ter uma candidatura própria, estamos bem posicionados. Nós vamos ter uma candidatura própria para a presidência da república e, para isso, nos principais colégios eleitorais, Paraná, São Paulo, Bahia, Minas Gerais. Vamos nos esforçar bastante para que o PSD tenha uma candidatura própria para trabalhar em conjunto com a candidatura para presidente da República”, revelou para Mônica Bergamo. 

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