Governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato do PSDB à presidência da República, Eduardo Leite está confiante em sair vitorioso das prévias tucanas, que acontecem no próximo domingo (21), mas garante que segue no partido mesmo se for preterido por João Doria nas urnas.
“Seja qual for o resultado, eu pretendo sim ficar no PSDB porque é o partido que eu estou há 20 anos e eu me identifico com a sua visão de como que o Estado deve se organizar, como é que o governo deve funcionar, acessibilidade social que deve ter também um governante. Pretendo ficar sim no PSDB e ajudar a construir a candidatura que tenha a vitória”, garantiu Leite em entrevista para José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (18).
Contudo, o governador gaúcho defende que seu partido tem “obrigação moral” de apoiar a chamada terceira via, onde quer que ela se apresente, caso o candidato escolhido nas prévias tucanas não mostre viabilidade na campanha eleitoral diante da polarização do debate entre Lula e Bolsonaro.
“Como eu disse, antes mesmo do projeto do partido, tem que vir a nossa visão de Brasil. Se outra candidatura tiver mais viabilidade de romper com essa polarização que está aí, é nossa obrigação moral, cidadã, ajudar a construir alternativa que mais tem a chance, né? Eu acho que, dentro do PSDB, a chance está mais comigo na liderança do que com o João Doria, com todo respeito que eu tenho a ele”, completou.
Leite defendeu sua candidatura no PSDB citando que tem mais margem de crescimento e menos rejeição dos eleitores em relação a Doria, segundo apontam pesquisas recentes de intenção de voto.
O governador gaúcho ainda negou polêmica recente em que teria pedido o adiamento das eleições que vão definir o candidato do PSDB às eleições presidenciais deste domingo (21) por conta de um problema de segurança com o aplicativo que o partido usará para registrar os votos dos filiados.
“Outras candidaturas defendiam que se o aplicativo não fosse seguro, então que se fizesse a votação apenas com os que estariam em Brasília. Daí o pessoal que me representava naquele debate disse que não, que o aplicativo é fundamental para poder garantir mais participação para que o partido todo possa participar e decidir junto. Se o aplicativo não estiver seguro, não vale a pena fazer votação com apenas os que estão presentes, então que se adie, mas não se deixe de chamar a participação de todos através do aplicativo”, justificou, dizendo que a questão está sendo resolvida pelo comando do PSDB e que a votação acontecerá conforme o previsto.
Confiante em vencer as prévias, Eduardo Leite relembrou seu histórico político, ao sair da prefeitura de Pelotas para chegar ao governo do Rio Grande do Sul com apenas 33 anos, para viabilizar sua candidatura. “Já sou um improvável governador no estado”, afirmou.
Mesmo diante as polêmicas, Eduardo Leite diz que não vê o PSDB rachado e garante que o partido “sairá unido do processo”.