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Líder do governo vê crise hídrica como "muito preocupante", culpa clima e "herança difícil"

Senador Eduardo Gomes (MDB-TO) critica governos anteriores e entraves ambientais para ampliar capacidade do setor

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

O governo federal segue em busca de alternativas para evitar o racionamento de energia por causa da crise hídrica. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente desta segunda-feira (31), o senador Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, disse que o cenário é "muito preocupante". 

Além dos transtornos de uma redução no fornecimento, há o risco de atraso na recuperação da economia, admite o senador. Segundo ele, os problemas decorrem de fatores que vão das condições climáticas à má gestão do setor elétrico em governos anteriores. 

“Na saúde e em outros campos, esse governo enfrenta uma herança absolutamente difícil, porque nós tivemos há 5 anos o financiamento mais irresponsável da história com relação à tarifa de energia, o que gerou uma ressaca absurda de falta de financiamento do setor, falta de planejamento”, justificou.

Gomes disse que o governo "trabalha com observação completa de todos os cenários", não descartando a chance de racionamentos no fornecimento de energia.

Outro ponto são os entraves ambientais - muitas vezes injustificáveis, na avaliação do senador - que impedem o país de expandir a exploração de fontes limpas de energia. 

Eduardo Gomes lembra que, como consequência, em momentos de crise como esse, o Brasil acaba sendo obrigado a recorrer às usinas termelétricas. Além de encarecer a conta para os consumidores, esse tipo de geração é mais poluente, já que usa combustível fóssil, ressalta o líder do governo no Congresso.

Na maior crise hídrica dos últimos 90 anos, o sistema Rio Grande, entre São Paulo e Minas Gerais, que é responsável por um quarto da energia do país, enfrenta dificuldades. As represas de Água Vermelha e Marimbondo estão com menos de 9% da capacidade. Já em Furnas há 36,92%, pouco mais de um terço.  

Outro sistema que preocupa é o Paranaíba, entre Goiás, Minas e Mato Grosso do Sul, com três reservatórios com níveis abaixo dos 18%.  

As hidrelétricas respondem por quase 64% da geração de energia do país. O restante tem as térmicas como fonte e é nelas que o governo aposta para afastar o racionamento. 

Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica pediu explicações nesta sexta-feira (28) à usina de Belo Monte a respeito de um corte de carga de fornecimento durante o dia por 20 minutos que causou um apagão em vários estados, na última quinta (28). 

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