Líderes mundiais reagiram neste domingo (21/07) ao anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, de abandonar a campanha pela reeleição expressando respeito pela decisão dele.
Olaf Scholz, chanceler federal alemão
"Joe Biden alcançou muito: para o seu país, para a Europa, para o mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a Otan está forte, e os EUA são um parceiro bom e confiável para nós. A sua decisão de não concorrer novamente merece respeito", afirmou o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz.
Robert Habeck, vice-chanceler alemão
O vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, também expressou "profundo respeito" pela decisão de Biden. Habeck escreveu no Instagram que Biden havia passado "meio século trabalhando pela democracia, pelo país, pelo povo" e havia "colocado toda a sua energia a serviço das instituições democráticas".
Annalena Baerbok, ministra alemã do Exterior
A ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock, elogiou a decisão de Biden, dizendo que ele havia colocado os interesses de seu país acima dos seus próprios. "Tenho grande respeito pela decisão do presidente dos EUA", disse ela antes de uma reunião dos ministros do Exterior da UE em Bruxelas. "Biden também fez um trabalho incrível pelas relações transatlânticas, e não apenas durante seu mandato como presidente."
Volodimir Zelenski, presidente ucraniano
"A Ucrânia é grata ao presidente Biden pelo seu apoio inabalável à luta da Ucrânia pela liberdade, que, juntamente com o forte apoio bipartidário nos Estados Unidos, tem sido e continua sendo crítica. Muitas decisões fortes foram tomadas nos últimos anos e serão lembrados como medidas ousadas tomadas pelo presidente Biden em resposta a tempos desafiadores. E respeitamos a decisão difícil, mas forte de hoje. Seremos para sempre gratos pela liderança do presidente Biden", disse o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin
"Ainda faltam quatro meses para as eleições, e esse é um longo período de tempo em que muita coisa pode mudar. Precisamos ser pacientes e monitorar cuidadosamente o que acontece. A prioridade para nós é a operação militar especial", disse o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, referindo-se à guerra na Ucrânia.
Keir Starmer, premiê britânico
"Respeito a decisão do presidente Biden e espero que trabalhemos juntos durante o restante de sua presidência", disse o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. "Sei que, como fez ao longo da sua notável carreira, o presidente Biden terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser o melhor interesse do povo americano."
Justin Trudeau, premiê canadense
"Conheço o presidente Biden há anos. Ele é um grande homem e tudo o que faz é guiado pelo seu amor ao seu país. Como presidente, ele é um parceiro dos canadenses – e um verdadeiro amigo. Ao presidente Biden e à primeira-dama: obrigado", declarou o premiê canadense, Justin Trudeau.
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel
"Obrigado, presidente Joe Biden, pelo seu apoio inabalável a Israel ao longo dos anos. O seu apoio constante, especialmente durante a guerra, foi inestimável. Somos gratos por sua liderança e amizade", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela
"Acho que ele tomou a decisão mais sensata e correta", disse o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante um comício. "Ele priorizou sua família e sua saúde. Ele percebeu que, naquela idade e com a saúde debilitada, não poderia assumir as rédeas do seu país nem de uma candidatura presidencial."
Pedro Sánchez, premiê da Espanha
"Toda a minha admiração e reconhecimento pela decisão corajosa e digna do presidente Joe Biden. Graças à sua determinação e liderança, os EUA superaram a crise econômica após a pandemia e o grave ataque ao Capitólio e têm sido exemplares no seu apoio à Ucrânia face à agressão russa de Putin. Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade", disse o premiê espanhol, Pedro Sánchez.
Donald Tusk, premiê da Polônia
"Sr. Presidente Joe Biden, muitas vezes o senhor tomou decisões difíceis que tornaram a Polônia, a América e o mundo mais seguros, e a democracia e a liberdade mais fortes. Eu sei que o senhor foi guiado por esses mesmos princípios ao anunciar sua última decisão, talvez a mais difícil da sua vida", afirmou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk.
Christopher Luton, premiê da Nova Zelândia
"O presidente Biden dedicou a sua vida ao serviço público, e isso é algo que merece muito respeito. Agradeço ao presidente pela sua liderança nos Estados Unidos e pelo seu compromisso com a Nova Zelândia. E estou ansioso para trabalhar com ele durante o restante de sua presidência", disse o premiê da Nova Zelândia, Christopher Luton.
Simon Harris, premiê da Irlânda
"Em nome do povo e do governo da Irlanda. Eu... gostaria de lhe agradecer, senhor Presidente, pela sua liderança global e pela sua amizade ao anunciar que não concorrerá às eleições presidenciais dos EUA em 2024", disse Harris em comunicado. "Joe Biden, em todos os cargos que ocupou, sempre foi uma voz inabalável e um servente apaixonado pela paz na ilha da Irlanda e o nosso país deve muito a ele por isso", disse o premiê da Irlanda, Simon Harris.
Jonas Gahr Stoere, premiê norueguês
"Respeito a decisão do presidente Joe Biden de não concorrer à reeleição. Ele justifica a decisão dizendo que quer colocar o país antes de si mesmo. Esse raciocínio impõe respeito", disse Stoere à Reuters. "Joe Biden tem sido um dos políticos mais proeminentes da América ao longo de várias décadas e um presidente que realizou várias reformas importantes. Elogio-o particularmente pela sua liderança na Otan e espero trabalhar com Biden como presidente dos Estados Unidos até final de janeiro", declarou o premiê norueguês, Jonas Gahr Stoere.
Fumio Kishida, premiê japonês
"Reconheço que o presidente Biden tomou a decisão do ponto de vista do que era melhor politicamente. Não é preciso dizer que a aliança Japão-EUA é o pilar da diplomacia e segurança do Japão, por isso observaremos de perto os desenvolvimentos futuros", disse o premiê do Japão, Fumio Kishida.
Anthony Albanese, premiê australiano
O presidente Biden "presidiu uma economia que viu os empregos crescerem, que viu os salários aumentarem e que viu prosseguir a transição que está ocorrendo à medida que o mundo se move em direção à [meta] net zero. Além disso, ele está se posicionando em questões como a igualdade de gênero. O presidente Biden tem sido e continuará sendo um grande amigo da Austrália", declarou o premiê da Austrália, Anthony Albanese.
Petr Fiala, premiê tcheco
"É, sem dúvida, a decisão de um estadista que serviu o seu país durante décadas. É um passo responsável e pessoalmente difícil, mas é por isso mesmo ainda mais valioso. Estou torcendo pelos EUA para que emerja um bom presidente da competição democrática entre dois candidatos fortes e equivalentes", disse o primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala.
Ferdinand Marcos Jr., presidente filipino
"A decisão do presidente Biden de retirar sua candidatura é uma demonstração de genuíno estadismo. Agradecemos-lhe pelo seu apoio constante e inabalável às Filipinas num momento delicado e difícil. Desejamos-lhe felicidades para o resto da sua presidência e para todo o seus futuros empreendimentos", declarou o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr.
Reações no Brasil
Também no Brasil, a decisão de Biden de desistir da sua nova candidatura à Casa Branca rendeu elogios entre alguns ministros do governo.
"Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo", reagiu a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, também se manifestou, escrevendo na rede X que a desistência de Biden é uma "grande decisão para derrotar a extrema direita norte-americana".
Já o ministro José Renan Filho, à frente da pasta dos Transportes, afirmou no Instagram que a desistência de Joe Biden é "um gesto de grandeza". Segundo ele, Biden demonstrou "desprendimento em momento crítico".
ip/as (Reuters, Lusa, DPA)