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"Luiz Gama precisa ser lido como um farol para o Brasil", diz Ligia Fonseca

A historiadora e uma das maiores estudiosas de Luiz Gama é a convidada do Canal Livre deste domingo, 28

Bruno Costa, com Canal Livre

O Canal Livre deste domingo recebe a historiadora Ligia Fonseca Ferreira para falar sobre a vida e obra de Luiz Gama, o advogado, jornalista, ativista e o intelectual brasileiro.

Considerado patrono da abolição da escravatura no Brasil, Luiz Gonzaga Pinto da Gama é um dos intelectuais de maior destaque do século XIX. Filho de mãe negra e pai branco, ele nasceu em Salvador, em 1830, foi vendido pelo próprio pai e levado pra São Paulo.

Luiz Gama é uma figura fundamental no processo de valorização na negritude brasileira. Como advogado, oferecia de graça seus serviços a centenas de escravizados.

Segundo Ligia Fonseca Ferreira, Luiz Gama foi aos poucos sendo apagado dos livros de história, e muita gente não ouvia falar pela forma com que os períodos pós-abolição e pós-república foram registrados.  

"O grande projeto de embranquecer a nação, e narrativas que se encarregaram de minimizar a atuação de Gama. Ele fala da história de milhões de brasileiros ao revelar sua própria história, e ele tem consciência de que a história dele não é só individual", diz a historiadora.

Para Ligia, Luiz Gama é a representação do espírito republicano e da luta antirracista, iclusive quando usa em seus artigos publicados a paravra resistência.

"A palavra resistência para Luiz Gama, que é herdeiro dos princípios iluministas, era ferramenta contra a opressão. Ele defende a imprensa, a liberdade, e os artigos da declaração dos direitos humanos", conta.

"Luiz Gama teve o sonho do Brasil sem reis e escravos. Meu sonho é que Luiz Gama seja lido, ouvido e entendido como um farol para o Brasil que queremos. O Brasil de hoje tem a cara de Luiz Gama", frisou a historiadora.

O Canal Livre deste domingo vai ao ar no BandNews TV, às 20h, e na Band, logo após a NBA.

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