Lira recua, e eleição para cargos da Mesa Diretora é adiada para esta quarta

Da Redação, com Jornal da Band

Líderes partidários decidiram adiar para esta quarta-feira (3) a eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Segundo os deputados, o registro de candidaturas deve ser feito até às 20h desta terça. A votação está programada para às 10h desta quarta. As informações são do Jornal da Band.

A polêmica aconteceu após o primeiro ato do novo presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), que determinou a exclusão de adversários que iriam compor a mesa diretora, trocando-os por aliados. Ele alegou problemas no registro de blocos de apoio, já que o PT perdeu, por seis minutos, o prazo estipulado para registrar no sistema seu apoio a Baleia Rossi (MDB-SP).

Lira adotou entendimento que, se fosse mantido, tiraria o PT do terceiro posto mais importante, a primeira-secretaria, para o último, a quarta-secretaria. Já PSDB e Rede, que também estavam no bloco de oposição a Lira, perdem a segunda e quarta secretarias. 

Os líderes da esquerda ameaçaram ir ao Supremo Tribunal Federal para garantir espaço, mas só o PDT recorreu para anular a decisão. Os outros partidos de oposição aceitaram o aceno do presidente da Câmara, e negociam com ele um acordo para preencher os dez cargos da mesa diretora. 

Além do cargo de presidente, a cúpula da Câmara é formada por outros seis postos: a 1ª e 2ª vice-presidências, além de quatro secretarias. Esse colegiado é responsável pelas decisões administrativas e políticas da Câmara.

Por trás da disputa para participar da Mesa, está a administração do orçamento de R$ 6,5 bilhões, maior do que a cidade de Recife, por exemplo.

A expectativa é que a partir de agora, a Câmara retome os temas que foram travados no ano passado e que podem ajudar na recuperação da economia, como as reformas administrativa e tributária, incluídas no que Arthur Lira chamou de pauta emergencial.

Caso no STF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça que a Câmara dos Deputados apresente, em até dez dias, uma explicação sobre o ato que anulou o bloco de Baleia Rossi.

Segundo Toffoli, a Procuradoria-Geral da República também deve se manifestar durante o mesmo período. A ação foi protocolada pelo PDT. 

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