O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta terça-feira (5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma reunião com o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, em Brasília. O espanhol fará visita oficial ao país entre os dias 6 e 7 de março.
Lula e Sánchez vão abordar temas relevantes da conjuntura regional e global, como a grave situação humanitária na Faixa de Gaza, as perspectivas de avanço de uma solução de dois Estados, e do conflito na Ucrânia. Além disso, devem tratar de reforma das instituições de governança global.
“Na ocasião, os dois mandatários passarão em revista o estado do relacionamento bilateral e trocarão avaliações sobre temas relevantes da conjuntura regional e global, tais como a crise no Oriente Médio, em particular a grave situação humanitária em Gaza e as perspectivas de avanço de uma solução de dois Estados; o conflito na Ucrânia”, destacou o Itamaraty.
Acordo UE-Mercosul
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Pedro Sánchez e Lula devem discutir as negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul. O espanhol saiu em defesa do acordo entre os blocos no início de fevereiro.
Os dois blocos negociam a parceria desde 1999. O acordo chegou a ter um anúncio de conclusão geral em 2019, mas nem todos os pontos foram pactuados e, mesmo assim, há um longo caminho para sua efetiva entrada em vigor. Isso porque o tratado precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes de ambos os blocos econômicos.
Em janeiro deste ano, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou a forte oposição do país ao acordo de livre comércio entre os blocos. O objetivo era acalmar os agricultores franceses.
Após a França se posicionar contra a ratificação do acordo de livre comércio, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, chefe de governo da maior potência econômica do bloco europeu, saiu em defesa do tratado em 1º de fevereiro.
Desta forma, após as declarações da França, a Comissão Europeia garantiu que continua buscando formas de fechar o acordo de livre comércio com o Mercosul.