O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou em nota a morte do cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos, nesta sexta-feira (14). O artista é conhecido pelas obras "Bye Bye Brasil", "Xica da Silva" e "Deus é Brasileiro".
Em nota, Lula citou que Cacá durante a vida levou o "Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema e conquistou a atenção de todo o mundo".
Segundo o presidente, as obras de Cacá Diegues mostram bem a história do Brasil. "Mostram bem nosso jeito de ser, nossa criatividade. E representam a luta de nosso cinema, que sempre se reergueu quando tentaram derrubá-lo", pontuou, enviando sentimentos aos familiares, amigos e fãs do cineasta.
Quem foi Cacá Diegues
Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió, no Alagoas, em 19 de maio de 1940, e mudou para o Rio de Janeiro quando tinha seis anos de idade. Ele estudou direito na PUC-Rio.
Na universidade, foi presidente do Diretório Estudantil, fundou um cineclube, onde iniciou sua carreira como cineasta. No início dos anos 1960, foi um dos fundadores do movimento Cinema Novo ao lado de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Paulo Cesar Saraceni, Leon Hirszman e outros.
Nos anos 1970, inaugura um período de grande popularidade do cinema brasileiro, com o filme “Xica da Silva”. No início dos anos 1980, dirigiu “Bye Bye Brasil”.
Nos anos 1970, inaugura um período de grande popularidade do cinema brasileiro, com o filme “Xica da Silva”. No início dos anos 1980, dirigiu “Bye Bye Brasil”. Carlos Diegues se opôs à ditadura militar, tendo vivido no exílio, durante um período.
Os filmes dirigidos por Cacá foram lançados comercialmente em quase todos os países do mundo, tendo participado das seleções oficiais dos mais importantes festivais internacionais de cinema, como Cannes, Veneza, Berlim, Toronto, Locarno, Montreal, San Sebastian, Nova York, e outros, o que tornou Carlos Diegues um dos cineastas latino-americanos mais conhecido e respeitado no mundo inteiro.
Ganhou vários prêmios em muitos festivais, sendo os mais recentes os de Melhor Filme nos Festivais de Montreal e Paris, além de prêmios especiais em Mar Del Plata e Havana, para “O Maior Amor do Mundo”, seu filme mais recente, lançado em 2006.
