O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o mercado ao se referir a investimentos públicos em setores estratégicos para a população mais vulnerável. Segundo ele, educação, saúde e habitação são tidos como gastos, o que ele discorda. A fala do chefe de Estado foi dada em discurso a reitores de universidades e institutos federais, nesta quinta-feira (19).
“Você não pode falar em educação, que as pessoas falam: ‘É gasto’. Você não pode falar em saúde, que as pessoas falam: ‘É gasto’. Você não pode falar em urbanização de favelas, que é gasto. Você não pode falar em construir casas, que é gasto. A única coisa que não é tida como gasto por essa gente do mercado é o pagamento de juros da dívida. Eles acham que isso é investimento”, disse o presidente.
Lula também demonstrou preocupação com o avanço de movimentos extremistas no mundo, a exemplo do que ocorreu em Brasília, em 8 de janeiro. Na ocasião, criminosos invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Para o presidente, a extrema-direita é um “monstro” que precisa ser derrotado. No discurso, ele citou exemplos internacionais de governos do referido segmento ideológico, como a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, e de Viktor Orbán, na Hungria.
“Acontece, no mundo inteiro, o surgimento de uma extrema-direita fanática, raivosa, que odeia tudo aquilo que não combina com o que eles pensam. E é um novo monstro que nós temos que enfrentar e derrotar”, pontuou Lula.
Outro tema citado pelo presidente foi a reforma tributária. Ele reforçou a preocupação do governo em aprovar medidas, no Congresso, equilibre o pagamento de tributos de acordo com a faixa de renda.