Governo da França diz que ‘ato de violência’ contra Macron é grave

Segundo rádio, agressor assina canais de extrema-direita no YouTube e é entusiasta do período medieval francês

Da Redação

Presidente francês foi agredido com um tapa na cara durante viagem Reprodução
Presidente francês foi agredido com um tapa na cara durante viagem
Reprodução

O governo da França classificou nesta quarta-feira (9) como "grave" o ataque sofrido na véspera pelo presidente do país, Emmanuel Macron. Em visita à cidade de Valence, região de Auvérnia-Ródano-Alpes, no sul do país, Macron foi alvo de um tapa dado por um homem no rosto quando cumprimentava moradores.

Em entrevista à rádio Europe1, o porta-voz do Executivo francês, Gabriel Attal, lamentou o que classificou como um “ato de violência”, e disse que o incidente não pode ser banalizado.

“É grave, porque qualquer forma de violência é grave, e é também grave quando atinge um representante, um depositário da autoridade pública”, descreveu Attal.

As autoridades locais apuram se a agressão foi planejada ou fruto de uma ação de momento. Segundo a Europe1, caso seja condenado, o agressor pode pegar três anos de prisão. Além dele, outro homem foi detido após o ataque da terça-feira.

Influência medieval, canais de direita e livro de Hitler

O agressor foi identificado pela imprensa francesa como Damien T., de 28 anos. Ele se apresenta como instrutor de “artes marciais históricas”, apaixonado por jogos de tabuleiro e entusiasta do período medieval – no momento do tapa, declarou um grito de guerra associado à extrema-direita francesa e ao período da monarquia local.

Até o momento, de acordo com a Europe1, não há evidências que vinculem oficialmente o homem a partidos ou associações. No entanto, segundo o veículo, “Damien T. assina vários canais de extrema-direita” no YouTube – um deles, de um homem que foi condenado em 2018 por incitação ao ódio e contestação de crimes contra a humanidade.

A rádio informou que a polícia realizou buscas na casa de uma pessoa que acompanhava Damien T. na terça-feira para filmar o ataque. No local, encontrou uma cópia do livro “Minha Luta”, escrito por Adolf Hitler, além de um rifle, uma espada e uma adaga medieval.

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