Macron sobrevive à votação de desconfiança após reforma da previdência

Presidente da França acionou recurso que permite implementação sem aval dos parlamentares da Assembleia Nacional para aprovar reforma da previdência

Da Redação

Macron sobrevive à votação de desconfiança após reforma da previdência
Macron sobrevive à votação de desconfiança após reforma da previdência
REUTERS/Gonzalo Fuentes

O governo de Emmanuel Macron sobreviveu a uma votação de moção de desconfiança na Assembleia Nacional da França nesta segunda-feira (20). Em 16 de março, o político fez uma manobra que contornou a Câmara para aprovar a reforma da previdência no país. 

Na votação, 278 parlamentares votaram a favor da moção de desconfiança apresentada pelo partido de centro. Porém, para ser aprovada, precisaria de pelo menos 287 votos para formar maioria. 

Caso a moção de desconfiança fosse aprovada pela Assembleia Nacional francesa, o governo de Emmanuel Macron poderia ser derrubado e, com isso, a manobra de aprovação da reforma da previdência seria anulada. 

“O governo detém apenas 9 votos, nada foi resolvido, nada acabou. Aos olhos do povo, esse governo já está morto. Até quinta-feira para a moção de censura popular!”, publicou nas redes sociais a chefe do grupo parlamentar da LFI, Mathilde Panot. 

A reforma é motivo de protestos em todo o país, já que o ponto mais polêmico é a que propõe elevar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030. O texto antecipa para 2027 a exigência de contribuição por 43 e não 42 como atualmente, para que o trabalhador tenha direito à pensão integral. Dois em cada três franceses são contra a reforma, mas o governo Macron foi duro. 

Esse recurso já foi acionado dez vezes por Borne desde o início de seu mandato, há quase um ano, especialmente em impasses nas votações de projetos de lei no campo das finanças públicas. Só que é considerado um instrumento autoritário do governo. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais