O médico contratado pelo modelo Bruno Krupp, que atropelou e matou um adolescente ao dirigir uma moto em alta velocidade e sem documentos, foi indiciado pela justiça por fraude processual.
O médico é acusado de modificar intencionalmente dados do processo no episódio em que solicitou a transferência do modelo para uma UTI, após Krupp ter recebido alta em um outro hospital.
Para a polícia civil, o médico tentou evitar que rapaz fosse transferido do hospital particular para o sistema prisional do Rio. Já a defesa do médico Bruno Nogueira Teixeira disse que não foi ainda oficialmente notificada.
O advogado disse que o médico pediu a internação pelo agravamento súbito do caso e que seguiu a literatura médica. Disse, ainda, que a solicitação de transferência para outro hospital se deu apenas porque naquele momento não havia vaga na UTI do Hospital em que Krupp e estava e garantiu que nunca se opôs aos direcionamentos da autoridade policial.
Quem é Bruno Krupp
O modelo Bruno Krupp, de 25 anos, que foi preso após atropelar e matar o adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, é modelo fotográfico e faz parte da agência 40 Graus Models, uma das maiores agências do ramo no Brasil.
O também influenciador digital acumulava mais de 140 mil seguidores nas redes sociais, mas desde o acidente, trancou o perfil. Ele compartilhava seus trabalhos como modelo, momentos na praia, e práticas de esporte.
O acidente fatal
Bruno Fernandes Moreira Krupp atropelou e matou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no dia 30 de julho. A perna da vítima foi decepada no momento do acidente e foi encontrada cerca de 150 a 200 metros do local da batida, na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O adolescente estava acompanhado da mãe, que não sofreu ferimentos. João Gabriel chegou a ser socorrido e levado ao hospital com vida, mas não resistiu aos ferimentos. Bruno sofreu escoriações e também foi encaminhado para o hospital.
Passagem por estupro e estelionato
Bruno Krupp também já tinha passagens pela polícia e por estupro e estelionato. Em julho deste ano, uma mulher denunciou que foi até a casa de Bruno e o modelo forçou relações sexuais com a vítima e, apesar de ter ingerido bebidas alcoólicas, a vítima relatou não estar vulnerável e ter pedido para o que o agressor parasse o ato. O caso ainda está sendo investigado.
Em abril de 2021, Bruno também foi denunciado por estelionato por ter deixado uma conta de R$ 428 mil sem pagar num hotel em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele vai ficar preso sob custódia no Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio, onde segue internado depois do acidente.