Notícias

"Miliciano sempre teve, traficante é novidade", diz criador do Disque Denúncia sobre eleições no RJ

"Miliciano sempre teve, traficante é novidade", diz criador do Disque Denúncia sobre eleições no RJ

da Redação com Rádio Bandeirantes

Disque Denúncia recebe informações anônimas no RJ Agência Brasil
Disque Denúncia recebe informações anônimas no RJ
Agência Brasil

Zeca Borges, idealizador e coordenador do Disque Denúncia do Rio de Janeiro, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (27) que na eleição de 2020, pela primeira vez, existe um “número expressivo” de candidatos no estado ligados “intimamente” ao tráfico de drogas.

Leia também:
Uma mulher morre a cada dois dias vítima de feminicídio em SP

“Aqui existe uma aliança de uma facção e um grupo da milícia. Duas regiões se aliaram. Esse trabalho de aliança de criminosos está assustando muito. Nessas eleições, estão guardando territórios para seus candidatos. Pela primeira vez no Rio estamos vendo candidatos ligados intimamente ao tráfico. Parentes de traficantes ou traficantes. Miliciano sempre teve, tanto vereador como deputado. Mas tráfico é novidade.”

“Algumas candidaturas são expressivas, podem ser eleitos. Outros são aventureiros”, disse Borges. Para não interferir nas investigações, o Disque Denúncia não pode divulgar nomes. 

Ainda segundo o idealizador do Disque Denúncia, “obviamente” os criminosos não se apresentam como tal, mas a comunidade “sabe perfeitamente bem do que se trata”. "E a comunidade está nos informando, inclusive. Fazemos relatórios diários e mandados à polícia e ao Ministério Público." 

“A Polícia Civil, que lidera as investigações, está atenta. Tem feito muito trabalho contra os milicianos. Muitos tem sido presos. Mas a situação é grave, nenhuma polícia do mundo dá conta rápido disso”, concluiu.  

Mais notícias

Carregar mais