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Ministério da Saúde inflou número de vacinas em propaganda

Marcelo Queiroga foi questionado sobre o assunto na CPI da Pandemia e se confundiu com os dados

Alexandre Bazzan

No final de março o Ministério da Saúde veiculou em suas redes sociais a informação de que tinha comprado “mais de 560 milhões de doses de vacinas”. O deputado Gustavo Fruet (PDT-PR) questionou a pasta via Lei de Acesso à Informação e a resposta, de 3 de maio, dizia que havia apenas 281.023.470 doses compradas. O documento ainda fala sobre a negociação em andamento de mais 281.889.400 doses.

O ministro Marcelo Queiroga foi indagado sobre o assunto pelo relator Renan Calheiros durante seu depoimento na CPI da Pandemia. Ele informou que o número seria de 562.902.040 e disse que a informação dada ao deputado Gustavo Fruet seria imprecisa, mas foi interrompido e corrigido por um assessor.  

Depois de rápida conferência, Queiroga falou que o número correto seria de 430 milhões, mas que existiria um acordo de mais 100 milhões de doses acertado com Fiocruz que não seria considerado compra.  

Mesmo com as informações dadas pelo ministro, o número ainda fica 30 milhões abaixo do divulgado pelas redes sociais do Ministério.

O site da Fiocruz diz que "o objeto do contrato de Encomenda Tecnológica está limitado inicialmente a 100,4 milhões de doses, totalmente destinadas a entregas ao Ministério da Saúde e ao SUS. No entanto, com a incorporação da tecnologia concluída, a Fiocruz terá a capacidade de produzir mais 110 milhões ao longo do segundo semestre de 2021". Ou seja, existe a capacidade para a produção de mais 110 milhões de doses no segundo semestre, mas aparentemente ainda não há um acerto final.

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