Ministra classifica deportação dos Estados Unidos como 'violação dos direitos dos brasileiros'

Macaé Evaristo, chefe da pasta de Direitos Humanos, acompanhou o desembarque de extraditados dos EUA após posse de Donald Trump

Da redação

Ministra classifica deportação dos Estados Unidos como 'violação dos direitos dos brasileiros'
Macaé Evaristo recebeu deportados no Brasil
Instagram/Ministério dos Direitos Humanos

Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos, acompanhou o desembarque dos 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos após a posse de Donald Trump como presidente. Em vídeo publicando nas redes sociais, a chefe da pasta classificou o processo de deportação como "violação dos direitos dos brasileiros". 

O avião da Força Aérea Brasileira aterrissou no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, às 21h10 do sábado (25). Os extraditados listaram uma série de torturas e agressões no processo de deportação para o Brasil. 



"Os países, eles podem ter suas políticas imigratórias, mas nunca violar os direitos humanos de ninguém", declarou Macaé Evaristo. 



A aeronave que levava os brasileiros pousou primeiro em Manaus, no Amazonas, devido a problemas técnicos. O grupo ficou horas preso dentro da aeronave, sem ar condicionado, e dormiu de forma improvisada. Todos estavam algemados e acorrentados.

“Fiquei 50 horas acorrentado no braço, na barriga e nos pés. Sem poder ir ao banheiro. Se fosse, ficava com a porta aberta. Estávamos suados, as crianças chorando. Pedimos para sair [do avião] e não deixaram. Um deles me agrediu, me enforcou, não sei quem é o segurança. A gente pedia para tirar as algemas, meu braço está inchado”, contou Jeferson Maia à BandNews TV.

Além dos relatos de abusos durante o voo, os brasileiros detalharam também que sofreram uma série de violências quando estavam detidos em solo norte-americano esperando para saber se teriam a estadia regularizada ou se seriam deportados. 

“Fiquei 8 meses no processo [de deportação], achando que poderia sair, mas na verdade não consegui. Fiquei 8 meses em um lugar quente, sendo torturado psicologicamente, não me alimentando bem, sem saber o que ia acontecer. Foi muito difícil”, relatou Deividson Toledo. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais