Ministro da Defesa do governo Lula será civil, diz Aloizio Mercadante

Grupo de transição na área da Defesa deve ser anunciado na segunda-feira (21)

Da Redação

O ex-ministro Aloízio Mercadante (PT), coordenador dos grupos técnicos da equipe que faz a transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (18) que o ministro da Defesa na nova gestão será um civil. 

A declaração foi dada no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, em conversa com jornalistas.

“O presidente [Lula] já disse isso publicamente, que o ministro da Defesa será um civil”, disse Mercadante. “Foi no governo dele e será [no novo mandato]”.

O governo do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) sempre optou por militares na posição, assim como no mandato de Michel Temer (MDB). A posição de Lula indica ainda que as Forças Armadas não terão o protagonismo na administração pública nos próximos quatro anos.

Criado em 1999, o Ministério da Defesa foi chefiado por civis nos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).  

Interlocução com as Forças Armadas

Por falta de interlocução do atual comando das Forças Armadas com a equipe de transição do novo governo, supostamente por ordem de Jair Bolsonaro, o grupo de transição na área da Defesa ainda não foi definido. 

Mercadante disse  que os nomes devem ser anunciados na próxima segunda-feira (21).

“Ele está chegando e vamos fechar o grupo. Acho que vocês vão ter uma bela surpresa. Está muito bem construído o grupo. Para logo (a formação do grupo), começo da semana. Segunda-feira está resolvido. (Bela surpresa) pela composição do grupo, pela representatividade, pela estatura das pessoas que vão participar. Vai ser uma excelente solução”, disse.  

O presidente eleito está em Portugal, após viagem que fez ao Egito para participar da COP27, conferência internacional da ONU sobre o clima e deve retornar ao Brasil neste sábado (19).

Lula é aguardado para “bater o martelo” sobre o grupo da Defesa, o último ainda sem composição divulgada pela transição. 

“Do GT [grupo de trabalho] de Defesa acho que nós vamos ter uma excelente composição, mas nós só vamos bater o martelo com o presidente [eleito]”, disse Mercadante.

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