Ministro da Justiça diz que determinou 'reforço' para normalizar rodovias

Manifestações golpistas bloqueiam 281 trechos de rodovias federais em 26 estados

Da Redação

Apoiadores de Bolsonaro bloqueiam a rodovia BR-060 perto de Abadiânia. 31/10/22 REUTERS/Ueslei Marcelino
Apoiadores de Bolsonaro bloqueiam a rodovia BR-060 perto de Abadiânia. 31/10/22
REUTERS/Ueslei Marcelino

O ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, escreveu no Twitter na noite desta segunda-feira (31) que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federail monitoram "minuto a minuto" as paralisações que fecham rodovias em atos golpistas desde a noite de domingo (30).

O presidente Jair Bolsoinaro (PL), derrotado nas eleições de domingo, está recluso e não fez qualquer pronunciamento sobre esse ou outros assuntos. 

Grupos bolsonaristas bloqueiam 281 trechos de rodovias federais em 26 estados, segundo a PRF, para contestar o resultado das eleições. 

"Acabo de determinar um reforço de efetivo, e de meios de apoio, a todas as ações possíveis para normalização do fluxo nas rodovias, com a brevidade que a situação requer", anunciou o ministro pelo Twitter. 

Mais cedo, o Ministério Público Federal enviou requerimento à PRF para que o órgão informe as providências que estão sendo adotadas para garantir a manutenção do fluxo nas rodovias federais. A solicitação consta de ofício encaminhado ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. 

Abastecimento

A (Confederação Nacional do Transporte) e a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) se manifestaram contra os bloqueios em rodovias federais promovidos por bolsonaristas inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de domingo (30). 

A FPA pontuou que as paralisações em rodovias impactam diretamente os consumidores brasileiros e representam um risco para o abastecimento da cadeia produtiva do agronegócio. 

“Fazemos um apelo para que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e outros produtos de primeira necessidade e/ou perecíveis”, diz em nota.

A CNT, entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, disse que “se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção”.

“A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas”, diz a nota.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais