O ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, escreveu no Twitter na noite desta segunda-feira (31) que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federail monitoram "minuto a minuto" as paralisações que fecham rodovias em atos golpistas desde a noite de domingo (30).
O presidente Jair Bolsoinaro (PL), derrotado nas eleições de domingo, está recluso e não fez qualquer pronunciamento sobre esse ou outros assuntos.
Grupos bolsonaristas bloqueiam 281 trechos de rodovias federais em 26 estados, segundo a PRF, para contestar o resultado das eleições.
"Acabo de determinar um reforço de efetivo, e de meios de apoio, a todas as ações possíveis para normalização do fluxo nas rodovias, com a brevidade que a situação requer", anunciou o ministro pelo Twitter.
Mais cedo, o Ministério Público Federal enviou requerimento à PRF para que o órgão informe as providências que estão sendo adotadas para garantir a manutenção do fluxo nas rodovias federais. A solicitação consta de ofício encaminhado ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.
Abastecimento
A (Confederação Nacional do Transporte) e a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) se manifestaram contra os bloqueios em rodovias federais promovidos por bolsonaristas inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de domingo (30).
A FPA pontuou que as paralisações em rodovias impactam diretamente os consumidores brasileiros e representam um risco para o abastecimento da cadeia produtiva do agronegócio.
“Fazemos um apelo para que as rodovias sejam liberadas para cargas vivas, ração, ambulâncias e outros produtos de primeira necessidade e/ou perecíveis”, diz em nota.
A CNT, entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, disse que “se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção”.
“A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas”, diz a nota.