Um míssil balístico iraniano, disparado por Houthis do Iêmen, acertou o navio-tanque norueguês Strinda, que pegou fogo debelado pela tripulação indiana, no Mar Vermelho, a 11 quilômetros ao norte de Bab al-Mandab, e agora navega para porto seguro. O proprietário do navio, a empresa Mownickels, comunicou que ele estava a caminho da Itália, tendo zarpado da Malásia carregado de matéria-prima para biocombustível.
Os Houthis advertiram, recentemente, que atacariam navios israelenses ou de qualquer bandeira que tivessem um porto em Israel como destino. O Strinda tem previsão de ancorar em Ashdot, perto de Gaza, mas só em 4 de janeiro.
Os Houthis já dispararam contra outros navios desde o início da guerra em Gaza, e sequestraram um de remota propriedade de um armador israelense com escritório em Londres. O que pretende o grupo rebelde pró-iraniano, que combate forças governistas apoiadas pela Arábia Saudita, no Iêmen, é demonstrar solidariedade ao povo palestino.
Entre analistas militares há muita surpresa com a perícia dos Houthis em manusear um míssil tão sofisticado contra um alvo móvel, como um navio, quando ele foi produzido para acertar grandes alvos fixos. No arsenal dos Houthis estão os mísseis Asef e Tankil, com sensores óticos e infra-vermelhos, e com ogiva de 300 quilos, capazes de percorrer entre 450 a 500 quilômetros.