Israel atacou 300 locais no sul e no oeste do Líbano, matando pelo menos 182 pessoas e ferindo outras 727, depois que o Hezbollah disparou mísseis de médio alcance e drones contra Safed e as cidades em torno do Mar da Galileia.
Antes, Israel enviou mensagens de texto aos habitantes de Beirute e de outras cidades avisando para que se afastassem de onde o Hezbollah mantém arsenais de armas a mísseis. Um mapa anexo mostrou 19 aldeias alvos de prováveis ataques, sem indicar quais seriam as primeiras. As estradas ficaram congestionadas de carros com fugitivos, em pânico. O ministro libanês da Informação considerou os alertas uma forma de “guerra psicológica”.
As escolas israelenses em Haifa e Nahariya estão fechadas nesta segunda-feira, porque entraram no raio de alcance dos mísseis de alcance médio lançados desde o domingo pelo Hezbollah. Restrições a reuniões foram impostas. E só as empresas próximas a abrigos antiaéreos podem funcionar.
Israel contava que a explosão dos pagers e walkie-talkies que matou 37 pessoas e feriu outros milhares, e o ataque que dizimou a liderança do Hezbollah reunida num subúrbio de Beirute, na semana passada, bastassem para interromper onze meses de lançamentos de misseis contra o norte israelense. Mas não: agora, o alcance dos misseis é de 50 quilômetros. Dos dois lados da fronteira, 150 mil pessoas foram deslocadas. O objetivo do governo israelense é trazer de volta os 60 mil residentes que estão no sul, provisoriamente, a quase um ano. O objetivo do Hezbollah é obrigar Israel a um acordo de cessar-fogo com o Hamas, em Gaza.