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Moraes determina desbloqueio de contas bancárias de empresários bolsonaristas

Ministro do STF havia determinado o bloqueio alegando que dinheiro poderia ser usado para financiar atos antidemocráticos no 7 de setembro

Da redação

O ministro do STF, Alexandre de Moraes Divulgação/TSE
O ministro do STF, Alexandre de Moraes
Divulgação/TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (15) que seja feito o desbloqueio nas contas bancárias dos empresários bolsonaristas investigados por troca de mensagens em um aplicativo que um dos participantes cita que prefere o golpe militar do que a vitória do ex-presidente Lula nas eleições presidenciais. As contas bancárias dos empresários estavam bloqueadas desde o dia 25 de agosto.

“Trata-se de investigação instaurada para a verificação da existência de esquemas de financiamento de atos antidemocráticos, constituindo, inclusive, ameaça ilegal à segurança dos Ministros do STF e atentando contra a independência do Poder Judiciário”, escreve o ministro.

Moraes explicou que o bloqueio foi necessário para evitar financiamento de atos antidemocráticos no 7 de setembro e que passada as comemorações do dia da Independência, o desbloqueio das contas pode ser feito.

Na decisão, Moraes cita o pedido de desbloqueio das contas de Luciano Hang, Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Khoury Júnior, Ivan Wrobel, Marco Aurelio Raymundo, Luiz Andre Tirrot e Meyer Joseph Nigri.

O empresário Luciano Hang, dono da rede de loja Havan, comentou o desbloqueio das contas. “Fico feliz com a decisão sensata do ministro, já que não fizemos nada de errado. Como tenho dito, criaram uma obra de ficção e ele foi levado ao erro”, disse Hang. 

Nesta quarta-feira (14). Moraes negou o pedido da defesa de Hang para tirar do STF o inquérito sobre os empresários bolsonaristas. Para fazer o pedido, a defesa de Hang alegou que não tem nenhum empresário com foro privilegiado, então não justifica que a ação esteja no STF. Em resposta, Moraes diz que o caso ainda está sob investigação da Polícia Federal, que ainda não concluiu o inquérito e, devido a isso, algum elemento novo pode surgir. 

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