Alexandre de Moraes multou Bruno Aiub, conhecido como Monark, em R$ 300 mil e abriu inquérito contra o influenciador e podcaster nesta quarta-feira (2). A decisão ocorre por descumprimento de decisão judicial e agora ele será investigado por desobediência.
Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Monark teria criado novos perfis para compartilhar notícias falsas, descumprindo a decisão que bloqueou as contas do podcaster. O influenciador havia sofrido um bloqueio por parte do ministro em 14 de junho e foi proibido de publicar, promover, replicar ou compartilhar notícias do tipo.
Moraes abriu investigação para apurar o crime de desobediência a decisão judicial. Caso condenado, Monark poderá ser preso de três meses a dois anos, além de poder ser condenado a pagar uma multa.
Diante da violação, Moraes impôs medida cautelar e também expediu um ofício para o Banco Central bloquear os R$ 300 mil em contas e aplicações financeiras no nome do influenciador. O ministro também determinou a suspensão de pagamento de publicidade e inscrição de apoiadores financeiros oriundos de lives do ‘Monark Talks’, programa apresentado pelo influenciador.
Além disso, Moraes pediu para empresas e plataformas de áudio e vídeo bloqueiem canais e perfis de Monark, sobre pena de multa diária de R$ 100 mil. Entre as empresas listadas, estão Apple, Deezer, Amazon Music, Meta, Google e Spotify.
Contas bloqueadas em inquérito dos atos de oito de janeiro
Monark teve as contas bloqueadas devido ao inquérito que investiga os atos criminosos de oito de janeiro, quando manifestantes depredaram e invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo Alexandre de Moraes, Monark divulgou informações inverídicas contra o sistema eleitoral.
Em junho deste ano, Moraes proibiu o influenciador de espalhar fake news sobre a atuação do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão ocorreu após Monark publicar em perfis alternativos que o “TSE está censurando gente”.