Morreu nesta quarta-feira (7), aos 66 anos, o jornalista Sérgio Amaral, diretor de Jornalismo da Band Brasília. Ele enfrentava um câncer há cinco anos.
Serginho, como chamavam-no os amigos mais antigos, ou “doutor”, como era tratado pelos que chegaram depois, fez parte de uma geração de repórteres que escreveu páginas importantes da história do País e do Jornalismo.
O velório será nesta quinta-feira (8) na capela do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, a partir das 15h.
Veja a nota do Grupo Bandeirantes de Comunicação
"É com imenso pesar que o Grupo Bandeirantes comunica o falecimento, nesta quarta-feira (07/12), do colega e jornalista Sérgio Amaral, diretor de jornalismo da Band Brasília.
Serginho, como chamavam os amigos da antigas, ou doutor, como era tratado pelos que chegaram depois, fez parte de uma geração de repórteres que escreveu páginas importantes da história do país e do jornalismo.
Ele participou da cobertura do fim do ciclo militar e da redemocratização, da Constituinte de 1988, de todos os planos econômicos até chegar ao Real, impeachment, caso PC Farias, e de todas as eleições.
Como um bom jornalista, era cheio de fontes e dividia os contatos sem nenhuma vaidade. Um elo entre o passado, completamente analógico, e o presente, totalmente digital.
Nos mais de 40 anos de Jornalismo, passou pela Band, SBT, Record TV e assessorias de imprensa. Foi editor, apresentador e comentarista de política. Em 2011, chegou ao Grupo Bandeirantes. Diretor de Jornalismo da TV Band, em Brasília, sempre teve um cuidado especial com as palavras e com as pessoas. Ele enfrentava um câncer há cinco anos.
O Grupo Bandeirantes de Comunicação se solidariza e deseja força para a mulher de Sérgio, Márcia; para os filhos Henrique, Renato e Marília, e para a neta Luna."
Repercussão
O diretor nacional de Jornalismo da Band, Fernando Mitre, publicou condolências nas redes sociais.
O diretor nacional de conteúdo da Band, Rodolfo Schneider, adiantou que o Jornal da Band, da TV, fará nesta quarta-feira (7), justa homenagem a Sérgio Amaral. “Em uma reportagem especial, mostrando esse Serginho, vamos fazer merecida homenagem a Sergio Amaral”, disse Schneider na Rádio BandNews FM.
Em mensagem aos colegas do Distrito Federal, Rodolfo Schneider destacou a perda para a emissora e para o Jornalismo. “Perdemos um profissional ímpar, de caráter, respeitado, querido por todos, mesmo na loucura, não perdia o jeito doce, carinhoso, mineiro, amigo.... a Band perde um gigante! Sentimentos a todos da nossa Band Brasília e a família dele! Faremos as lindas homenagens merecidas no Grupo hoje”, escreveu.
No programa Gente Brasília, também da Band News FM, o diretor de Jornalismo da rádio no Distrito Federal, Rodrigo Orengo dedicou homenagem ao jornalista.
“Sérgio faz parte de uma geração de repórteres que escreveu páginas importantes da história do país e do jornalismo. Participou do fim da cobertura do ciclo militar e da redemocratização, da Constituinte de 88 e de todos os planos econômicos até chegar ao Real, Impeachment, caso PC Farias e de todas as eleições”, afirmou o diretor de jornalismo da Rádio Band News FM Brasília, Rodrigo Orengo, logo na abertura do programa.
O diretor-geral da Band Brasília, Flávio Lara Resende, lamentou ainda a doença enfrentada pelo amigo, mas ressaltou a vontade de viver de Amaral. “A gente nunca está preparado para recebê-la, mesmo sabendo que o Sérgio foi aos pouquinhos deixando a vida devagarzinho e foi um guerreiro”, iniciou.
“Nesses cinco anos, ele enfrentou, com todas as adversidades possíveis com uma alegria, uma vontade de viver. Ele só deixou de trabalhar nesses últimos meses, em casa. A última vez que ele esteve aqui foi na reunião do debate para governador. A Band perde um grande profissional”, disse Flávio Lara Resende.
Em mensagem aos jornalistas da Band Brasília, o chefe de produção nacional Douglas Santucci também prestou homenagem.
"Meus amigos, um abraço em cada um de vocês nesse dia tão triste para a Band. Nosso Doutor deixa um pouquinho, um dedinho dele, em cada profissional dessa redação. Um pai para todos. Gestor de primeira, pensamento coletivo, sempre disposto. Um avô babão, carinhoso, orgulhoso. Quantos bons momentos pudemos compartilhar com o nosso querido Serginho. Nos contagiava a cada reunião, a cada entrada ao vivo. Jornalista de primeira. Traduzia a notícia como ninguém. Respeitado, ético, sério e ao mesmo tempo carismático", escreveu.
O diretor de Jornalismo da Band André Basbaum destacou características do colega. "Sérgio eu conheci há muitos anos. Um homem adorável. Um colega doce e um jornalista e tanto. Fica aqui meu abraço apertado para todos os amigos da Família Band Brasília", disse em mensagem.
Também em mensagem à equipe de Brasília, Rosana Saad, diretora de Eventos e Relações Públicas da Band, enviou condolências de toda a família e destacou qualidades do jornalista. “O Sérgio descansou e com certeza deixou um legado de profissionalismo e competência além de outras qualidades. Fará falta”, pontuou.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, publicou nota de pesar destacando a imporância de Sérgio para o Jornalismo e o País.
"Recebi, com grande tristeza, a notícia do falecimento do jornalista Sérgio Amaral, diretor de jornalismo da TV Band em Brasília. Ao longo de sua carreira na Capital, iniciada em meados da década de 1980, construiu uma trajetória marcada pela seriedade e pela competência, enquanto conquistava a legião de amigos que hoje sentem profundamente a sua prematura partida. Além da atuação no jornalismo, esteve à frente da Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal de 2004 a 2006, na gestão do Ministro Nelson Jobim, onde também deixou sua marca de profissionalismo e fez muitos amigos. Sérgio Amaral fez parte, com suas reportagens, do registro histórico de um rico período da vida brasileira, da redemocratização do País, e fará muita falta neste momento em que o Brasil mais precisa contar com o jornalismo profissional como instância de defesa da verdade factual e de combate à desinformação.
Meus sentimentos à família, aos amigos e à equipe de jornalismo da Band, que perde um líder e uma referência de compromisso com a verdade e com a qualidade da informação", diz a nota na íntegra.
Sergio Amaral
Mineiro, Sérgio Amaral participou da cobertura do fim do ciclo militar e da redemocratização, da Constituinte de 88, de todos os planos econômicos até chegar ao Real, impeachment, caso PC Farias, e de todas as eleições. Passou pelo SBT, Record TV e assessorias de imprensa, chegando à Band Brasília em 2011.
O jornalista traduzia assuntos espinhosos, de Economia à Política, para todo mundo entender. "Doutor, doutora, pensa na dona Maria!", ele dizia quando um texto não estava claro o suficiente.
Como um bom jornalista, era cheio de fontes e dividia os contatos sem nenhuma vaidade. Ele era um elo entre o passado, completamente analógico, e o presente, totalmente digital.
Era graduado em Relações Públicas e Jornalismo, e pós-graduado em Administração e Marketing. Iniciou sua carreira como jornalista em 1976, em jornais impressos de Minas Gerais. Aficionado pelo Atlético Mineiro, teve sua primeira experiência na editoria de Esportes. Foi locutor de jogos de basquete. Passou pela rádio e depois foi para TV.
Em 2011, quando chegou à TV Band, foi diretor de Jornalismo, apresentador e comentarista de política. Em mais de 40 anos de atuação profissional, também passou pelas redações do SBT, da Record e de assessorias.
Casado há 33 anos, Sérgio Amaral deixa a esposa Márcia; os três filhos, Henrique, Renato e Marília; e a neta, Luna.