Os policiais militares envolvidos no tiroteio que resultou na morte da modelo Kathlen Romeu, de 24 anos, disseram que dispararam sete tiros de fuzil no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia em que a grávida foi baleada. As informações são da Yasmin Bachour e Ryan Lobo, da BandNews FM.
A informação foi passada pelos próprios PMs aos investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso. A avó da vítima deve ser ouvida ainda nesta quinta-feira (10) na DH.
O laudo do Instituto Médico Legal aponta que a causa da morte da vítima foi hemorragia interna, ocasionada por um tiro de fuzil no tórax. Kathlen estava grávida de quase quatro meses. O bebê também morreu.
A avó da modelo estava com ela no momento em que a grávida foi baleada. Sayonara de Fátima Queiroz vai ser ouvida hoje, pela Polícia Civil. Ela andava com a neta por uma rua da comunidade quando Kathlen foi atingida por um tiro de fuzil no tórax.
A família acusa a Polícia Militar e afirma que os agentes estavam escondidos em uma casa da comunidade monitorando a circulação de bandidos, quando realizaram disparos em direção aos traficantes. Um dos tiros atingiu o peito de Kathlen. A PM diz que abriu um inquérito para investigar de onde partiu o disparo. Cinco policiais foram ouvidos, e as armas deles foram recolhidas para perícia.
A jovem, que sonhava em ser uma modelo famosa e tinha acabado de comprar a casa própria, foi enterrada na tarde de ontem sob forte comoção.
Momentos depois do sepultamento de Kathlen, um outro jovem foi baleado, segundo a PM, de raspão, na comunidade São João, a cerca de 2 quilômetros de distância do Complexo do Lins, onde a modelo foi morta.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias do caso, mas segundo a PM, criminosos atiraram contra agentes que estavam na região. Em seguida, uma vítima foi encontrada ferida. O jovem foi levado para o hospital. O estado de saúde dele é estável.