MP denuncia 11 pessoas pelo incêndio que matou 10 jovens no Ninho do Urubu em 2019

Da redação, com Rádio BandNews FM

Na época, fogo destruiu parte do CT do Ninho do Urubu Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Na época, fogo destruiu parte do CT do Ninho do Urubu
Fábio Motta/Estadão Conteúdo

O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou nesta sexta-feira, dia 15, 11 pessoas pelo incêndio que provocou a morte de dez adolescentes no Ninho do Urubu, e deixou outros três feridos.

Os acusados vão responder por incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Os denunciados são dirigentes do Flamengo e representantes de empresas que prestaram serviço para o clube na época do incêndio.

A denúncia descreve uma série de irregularidades e ilegalidades cometidas, como ocultação das reais condições das construções do local durante fiscalização do Corpo de Bombeiros, contratação e instalação de contêiner, que vai contra as regras técnicas de engenharia e arquitetura para servirem de dormitório de adolescentes, por exemplo.

Um dos denunciados é Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, presidente do Flamengo à época. Segundo a denúncia, ele tinha plena ciência do estado de clandestinidade administrativa dos dormitórios.

O incêndio aconteceu no dia 8 de fevereiro de 2019, no Centro de Treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, conhecido como "Ninho do Urubu", e provocou a morte de dez adolescentes e lesões graves em outros três.

Os denunciados estão sujeitos a penas de 1 ano e 4 meses a 4 anos de prisão. Procurado, o Flamengo ainda não se pronunciou.

Do Rio de Janeiro, Julia Kallembach.

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