O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou nesta sexta-feira, dia 15, 11 pessoas pelo incêndio que provocou a morte de dez adolescentes no Ninho do Urubu, e deixou outros três feridos.
Os acusados vão responder por incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Os denunciados são dirigentes do Flamengo e representantes de empresas que prestaram serviço para o clube na época do incêndio.
A denúncia descreve uma série de irregularidades e ilegalidades cometidas, como ocultação das reais condições das construções do local durante fiscalização do Corpo de Bombeiros, contratação e instalação de contêiner, que vai contra as regras técnicas de engenharia e arquitetura para servirem de dormitório de adolescentes, por exemplo.
Um dos denunciados é Eduardo Carvalho Bandeira de Mello, presidente do Flamengo à época. Segundo a denúncia, ele tinha plena ciência do estado de clandestinidade administrativa dos dormitórios.
O incêndio aconteceu no dia 8 de fevereiro de 2019, no Centro de Treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, conhecido como "Ninho do Urubu", e provocou a morte de dez adolescentes e lesões graves em outros três.
Os denunciados estão sujeitos a penas de 1 ano e 4 meses a 4 anos de prisão. Procurado, o Flamengo ainda não se pronunciou.
Do Rio de Janeiro, Julia Kallembach.