O Ministério Público do Rio de Janeiro conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 2,8 milhões em bens e o afastamento do delegado Mauricio Demétrio, e de outras pessoas envolvidas em um esquema de propina.
Demétrio é investigado por cobrar vantagens indevidas para permitir a venda de roupas falsificadas de um polo de vendas em Petrópolis, na Região Serrana.
Segundo o Ministério Público do Rio, os crimes foram cometidos entre março de 2018 e março desse ano, quando ele comandava a delegacia responsável pelo combate à pirataria, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial.
De acordo com as investigações, os lojistas tinham que pagar R$ 250 por semana para que a delegacia fizesse vista grossa em relação ao comércio de roupas piratas.
Segundo o Ministério Público os acusados, usando estruturas da Policia Civil, interferiam nas investigações do caso, incluindo a destruição de aparelhos celulares com provas contra o grupo.
Além disso, o MP afirma que Demétrio apresentava um estilo de vida incompatível com seus rendimentos declarados, como três veículos de luxo blindados, mansões alugadas na Costa Verde com pagamento em dinheiro em espécie, compra de dezenas de relógios e uma grande quantia de dinheiro em espécie que foi apreendido em seu apartamento de luxo na Barra da Tijuca.
A defesa de Mauricio Demétrio não foi localizada pela reportagem da BandNews FM.