Uma mudança na dinâmica do horário de pico poderia reduzir aglomerações nos transportes metropolitanos em São Paulo. O secretário estadual que responde pelo assunto defendeu a ideia em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, nesta sexta-feira (05).
Em meio ao endurecimento das restrições com a fase vermelha, passageiros continuam enfrentando lotação em trens e ônibus.
Indagado se algo não poderia ser feito, Alexandre Baldy admitiu que sim, e lembrou que na França horários de trabalho foram escalonados.
Com isso, menos gente passou a usar transporte público no começo da manhã e no fim da tarde, diluindo bastante a concentração:
“Um trabalhador, que é da rede de farmácia, de supermercado, do comércio, dos escritórios seja de advocacia ou de contabilidade, todos entrarem no mesmo horário e todos saírem no mesmo horário. Na França, eles se alteraram em horário de entrada e de saída, para que a gente possa aumentar de duas horas pela manhã e duas horas pela tarde o horário de pico para cinco ou seis horas. Nós temos a mesma plataforma, temos a mesma infraestrutura e o que a gente pode fazer? A gente pode diluir. Invés de nós temos o transporte de 160 mil passageiros por hora em uma operação, que a gente possa reduzir isso em 25%, aumentado o horário de pico fazendo que esse escalonamento de entrada e saída possa ser realizado”, explicou.
O secretário Alexandre Baldy diz ainda que prefeituras e empresários precisam ajudar a viabilizar essa alternativa.
“Constituição Federal prevê que a prefeitura municipal tenha condição, como ela quem autoriza o funcionamento e que permite a abertura que faça esse escalonamento. A gente tem feito esse apelo até aos empreendedores, comerciantes e empresários para que a gente possa flexibilizar o horário de entrada e saída para que a gente possa com o transporte público, funcionando todo dia, ter a mesma infraestrutura, com 100% da nossa frota e trabalhadores, fazendo que o horário de pico seja estendido fazendo que o fluxo de pessoas transitando seja menor”, disse.
No caso do Metrô e da CPTM, 70% dos usuários hoje se concentram no pico da manhã e da tarde.