Na França, brasileiro é solto após ser preso pela polícia durantes protestos

Rodolphe Vieira, de 25 anos, que tem dupla cidadania, foi agredido por policiais durante ato contra reforma da previdência

Da redação

Na França, brasileiro é solto após ser preso pela polícia durantes protestos
Brasileiro foi preso durante protestos em Paris
Arquivo pessoal

O brasileiro Rodolphe Vieira, de 25 anos,  preso durante os protestos contra a reforma da previdência na França é solto depois de quatro dias na cadeia, mas estuda processar as autoridades francesas.

Vieira foi agredido na prisão e passa agora por exames para saber a gravidade das lesões.

O jovem tem dupla cidadania e participava, ao lado de amigos, das manifestações contra as mudanças na aposentadoria promovidas pelo presidente Emmanuel Macron.

As forças policiais francesas prenderam 310 pessoas que participaram de protestos contra o governo devido à aprovação da reforma da previdência. Na última quinta-feira (17), uma manobra do presidente Emmanuel Macron acionou um artigo da Constituição para deferir o texto sem o aval do Congresso.

Imagens obtidas pela Band mostram centenas de franceses nas ruas de Paris. Diversos equipamentos públicos e privados foram depredados. A polícia francesa agiu imediatamente para conter os manifestantes. Existe a previsão de mais atos nesta sexta-feira (17).

A reforma da previdência motivou uma greve dos garis em Paris, que estão parados há 10 dias. Os sacos de lixo espalhados nas ruas, pelo menos 10 toneladas, foram incendiados pelos manifestantes.

A canetada de Macron tem base constitucional. Na prática, o artigo 49.3, um dispositivo constitucional, permite que o governo aprove alguma proposta sem a necessidade de o texto passa na Assembleia dos Deputados. O presidente usou do artifício porque não tinha certeza se teria votos suficientes dos parlamentares.

A expectativa é que, hoje, os deputados apresentem o chamado “voto de desconfiança”, outro dispositivo constitucional que pode barrar a canetada de Macron. Se a maioria aprovar, a primeira-ministra da França deixará o cargo.

O ponto mais polêmico da reforma previdenciária é o que propõe elevar a idade mínima da aposentadoria de 62 para 64 anos a partir de 2030. O texto antecipa também a exigência de contribuição por 43 anos, em vez dos 42 atuais, para que o trabalhador receba pensão integral.
 

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