Embora o governo tenha encaminhado cilindros de oxigênio para a capital do Amazonas, o Professor do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, Marco Akerman, critica a prática da política brasileira de só remediar os problemas depois que eles acontecem.
Em entrevista à BandNews FM, o especialista lembrou que o trabalho dos epidemiologistas não pode ser negligenciado e que os estudos feitos na área já apontavam o colapso: ele acredita que era possível se preparar para esse momento.
O professor defendeu que se combata, urgentemente, o negacionanismo no país: "Negacionistas não querem ser obrigados a tomar vacina, mas querem obrigar médicos a fazer tratamento precoce com cloroquina", disse.
Apesar da situação crítica no Amazonas e no Rio de Janeiro, o professor Akerman acredita que isso não significa que todo o país viverá a mesma situação.
Ele lembra que cada estado possui uma característica própria e lamenta o fato de que não haja uma política pública única para enfrentar a pandemia no país.