O governo israelense aprovou, em seis horas de debate, o acordo com o Hamas para a libertação de 50 dos 240 reféns do massacre de 7 de outubro, entre mulheres, crianças e idosos. Em troca, Israel deverá libertar 150 prisioneiros palestinos, observar um cessar-fogo de quatro dias e permitir a entrada de 300 caminhões com ajuda humanitária em Gaza.
Antes que o acordo comece a ser executado, o governo israelense vai observar um período de 24 horas, previsto em lei, para que a Corte Suprema possa receber recursos contra a libertação de um ou outro palestino, caso sejam apresentados.
Três ministros do partido de extrema-direita e anti-árabe Otzma Yehudit (Poder Judeu) foram contra o acordo. O partido Sionismo Religioso, que anunciara voto contra, votou a favor. As listas de reféns e dos prisioneiros deverão ser conhecidas antes da libertação. De parte dos reféns, antecipa-se que haverá 30 crianças, oito mães e mais 12 mulheres. Os serviços secretos israelenses aprovaram o plano. A Cruz Vermelha poderá visitar os que continuarem reféns.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu repetiu que o cessar-fogo temporário não significa o fim da guerra. "Quero deixar claro: estamos em guerra e continuaremos a guerra até atingirmos todos os nossos objetivos: eliminar o Hamas, libertar todos os reféns e encontrar os desaparecidos, e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza" — ele disse. Seis hospitais já estão de prontidão para receber a primeira leva de reféns.