Novas testemunhas serão ouvidas em caso de padrasto e enteado mortos em ação policial no RJ

Em entrevista à BandNews FM nesta segunda-feira (27), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro defendeu a Polícia Militar

Ryan Lobo, da BandNews FM

Novas testemunhas serão ouvidas em caso de padrasto e enteado mortos em ação policial no RJ Reprodução/Rede Sociais
Novas testemunhas serão ouvidas em caso de padrasto e enteado mortos em ação policial no RJ
Reprodução/Rede Sociais

A Delegacia de Homicídios da Capital vai ouvir novas testemunhas do caso em que padrasto e enteado foram mortos a tiros em uma ação policial, em Anchieta, na zona norte do Rio de Janeiro. O caso aconteceu na madrugada deste último sábado (25).

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a Polícia Militar durante entrevista à BandNews FM, nesta segunda-feira (27). Castro disse que os erros cometidos pela PM são mais exaltados que os acertos. 

“Infelizmente os erros da polícia são muito mais exaltados, do que as dezenas e centenas de operações que dão certo. Quando erra, a polícia é a instituição que mais pune o seu, não há uma instituição que puna o seu igual a polícia. Se o policial errou ele será punido", afirmou Castro. 

Samuel Bonfim Vicente, de 17 anos, e Willian Vasconcelos da Silva, de 38, estavam levando a namorada do adolescente para o hospital em uma moto quando policiais militares chegaram atirando, segundo a família. Eles haviam saído de uma festa em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense, quando foram baleados na Rua Alcobaça, em Anchieta.

A namorada do jovem, Camily da Silva Apolinário, de 18 anos, também foi atingida no rosto, na coxa e no pé, e está internada. Uma quarta pessoa foi baleada de raspão, mas não teve a identidade divulgada. As vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Carlos Chagas, na zona norte, dentro da viatura da PM.

A PM afirma que policiais foram atacados à tiros durante patrulhamento, e encontraram três suspeitos baleados. A corporação não informou se a nota faz referência à Samuel, Willian e Camily. 

Segundo a mãe de Samuel, o sonho do adolescente era ser policial militar. Ele estudava em um colégio preparatório para a corporação, e iria se apresentar ao Exército no próximo dia 8 para tirar serviço obrigatório. Não há informações sobre o enterro de Samuel e Willian.

Essa não é a primeira vez que a trancista Sônia Vicente sofre com a violência no Rio. Em 2018, uma outra filha dela, Rebecca Vicente, na época com 5 anos, também foi baleada por um agente de segurança do Estado, segundo ela, no Complexo do Chapadão, na zona norte do Rio. Rebecca sobreviveu.

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