Nove dos 17 departamentos regionais de saúde do Estado de São Paulo estão com ocupação de leitos de UTI acima de 90%. É o que indica um levantamento da Rádio Bandeirantes com base em dados oficiais da Secretária da Saúde.
Essas áreas da saúde incluem várias cidades – é uma divisão feita pelo Estado para administrar questões ligadas ao setor.
A situação mais crítica é a da região de Barretos, que inclui outras 17 cidades, com 96,6% de ocupação das unidades de terapia intensiva.
Em Franca, 7 pessoas morreram a espera de leitos apenas na semana passada, enquanto 31 ainda estão na fila por UTI - 8 delas intubadas.
Já em Batatais, a 50 km de Franca, todos os leitos de UTI estão ocupados e há 16 pessoas na fila dos hospitais. Por enquanto, a cidade é a única com regras mais rígidas para o funcionamento da economia por causa da covid-19. O município adotou lockdown e até os supermercados fecharam. Apenas a venda por delivery está liberada.
O prefeito Juninho Gaspar explicou que as medidas devem seguir até 31 de maio, mas as regras podem ser afrouxadas caso os índices de novos casos e internações comecem a ceder.
A Baixada Santista, por outro lado, tem o menor índice de leitos de UTI ocupados, com 63,3%.
Na Grande São Paulo, 76,6% dos leitos de unidades de terapia intensiva estão ocupados neste momento.
Hospitais privados também registram alta de internações
A lotação de UTIs de hospitais privados no estado de São Paulo aumentou 6 pontos percentuais em um intervalo de 15 dias, passando de 79% para 85%. Desse total, 39% das unidades ouvidas pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de SP (SindHosp) têm entre 91% e 100% dos equipamentos destinados a tratamento de pacientes com coronavírus ocupados.
A reposição de estoques do chamado "kit intubação" também preocupa: a maioria das 90 unidades pesquisadas tem medicamentos para o período de 10 a 15 dias. O levantamento foi obtido pela colunista da BandNews FM Monica Bergamo.